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Zelensky quer se reunir com Putin e Trump

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky/SIMON WOHLFAHRT / AFP

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse em entrevista ao canal NBC, que esta disponível para se reunir com os líderes Donald Trump e Vladimir Putin, em Budapeste, na Hungria. Zelensky afirmou que somente com a presença das duas partes em conflito à mesa de negociações será possível conseguir uma paz justa e permanente para o seu país. “Falamos sobre isso. Irão discutir isso com Putin. Ele queria saber a minha opinião. Em minha opinião, se queremos realmente uma paz duradoura, precisamos ter os dois lados desta tragédia. Sim, ele é um ocupador, mas a Ucrânia sofre e luta. Como se vai chegar a algum acordo sobre nós sem nós?”, questionou.

Após o seu encontro com Trump na Casa Branca, o líder ucraniano rejeitou mais uma vez a ideia proposta de ceder territórios à Rússia como moeda de troca para terminar a guerra. Uma vez que nos bastidores da tensa reunião no Salão Oval na última sexta-feira, o presidente dos Estados Unidos pressionou Zelensky a concordar e ainda recusou fornecer mísseis de longo alcance a Kiev.

Trump sugeriu que o melhor modo de acabar com o conflito seria ‘dividir’ a região do Donbass, deixando a maior parte sob controle russo, afirmando que depois a Ucrânia poderia retomar todo o seu território e até entrar terras russas. “A Rússia é um tigre de papel”, acrescentou.

Segundo publicação do jornal Washington Post, fontes revelaram que Putin propôs a Tump durante o telefone que tiveram na semana passada uma troca territorial em que a Ucrânia cederia às regiões de Donetsk e Lugansk em troca da retirada russa de pequenas partes de Zaporizhia e Kherson. No entanto, as fontes também disseram que Kiev avalia ter grande valor estratégico essas áreas que ainda controlam, e que renunciar a elas tornaria o resto da Ucrânia muito mais vulnerável às ofensivas russas e equivaleria a um ato de ‘suicídio’.

“Que seja dividido como está. Está dividido agora. Podem negociar algo mais tarde. Mas, por enquanto, ambos os lados do conflito devem parar na linha de batalha, ir para casa, parar de lutar, parar de matar pessoas. O resto é muito difícil de negociar se vai dizer: Você fica com isto, nós ficamos com aquilo”, insistiu Trump no domingo.

Enquanto isso ocorre à preparação diplomática para o encontro entre os presidentes dos EUA e da Rússia depois de terem conversado por telefone na quinta-feira e acertado se reunirem em breve na capital húngara. No entanto, está previsto primeiramente uma conversação presencial de delegações dos dois países que irão ser lideradas pelo ministro das Relações Exteriores russo, Serguei Lavrov, e o Secretario de Estado norte-americano Marco Rubio.

Já a chefe da diplomacia da União Europeia para as Relações Externas e a Política de Segurança, Kaja Kallas, afirmou nesta segunda-feira (20) que não é agradável que Putin possa viajar a Hungria, um país do bloco.

“Em relação a Budapeste, não, não é agradável ver que realmente uma pessoa sujeita a um mandado de captura pelo Tribunal Penal Internacional virá para um país europeu. Os esforços de Trump para trazer a paz são bem-vindos, mas também é importante que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, se encontre com o líder russo. Os Estados Unidos têm muita força para pressionar a Rússia a vir à mesa das negociações; se usarem isso é claro que será bom se a Rússia parar esta guerra. O presidente Trump está sendo sincero quanto à tentativa de pôr fim à guerra na Ucrânia, mas as conversações que excluem a Ucrânia e a Europa serão inconclusivas. Quem não quer acabar com esta guerra é a Rússia. Não nos devemos distrair, temos de fazer com que Moscou também queira a paz. Estamos trabalhando para tentar convencer os nossos aliados em todo o mundo de que nada pode sair destas reuniões se a Ucrânia ou a Europa não fizerem parte delas”, declarou Kallas.

Além disso, Trump disse hoje que ainda acredita que a Ucrânia pode ganhar a guerra contra a Rússia, mas que esse resultado é improvável. “Ainda podem ganhar. Não creio que consigam, mas ainda podem ganhar”, indicou.

Trump diz que vai anunciar mais tarifas contra a Colômbia na segunda-feira

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse neste domingo (19) que seu governo planeja anunciar tarifas sobre a Colômbia na segunda-feira (20), intensificando a disputa entre os dois países.

A declaração ocorre após o senador republicano Lindsey Graham ter usado a rede social X para dizer que Trump anunciaria “grandes tarifas” sobre o país devido ao tráfico de drogas.

Li a declaração do senador Graham e está correta. Sim, estive com ele hoje“, disse Trump a repórteres que viajavam com ele para Washington, acrescentando que anunciaria a tarifa “amanhã”.

O republicano rejeitou a sugestão de que suspender a ajuda à Colômbia, anunciada por ele no domingo anterior, prejudicaria os esforços do país para conter o fluxo de drogas.

“Eles não lutam contra as drogas. Eles fabricam drogas. Eles refinam drogas. Eles produzem cocaína. Eles têm fábricas de cocaína. Eles não lutam contra as drogas“, disse Trump na noite de domingo.

Estou suspendendo todos os pagamentos à Colômbia porque eles não têm nada a ver com a luta contra as drogas… A Colômbia está fora de controle e agora eles têm o pior presidente que já tiveram”, disse ele.

Trump promete manter tarifas caso Índia continue importando petróleo russo

O presidente dos EUA, Donald Trump, reafirmou no domingo (19) que o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, disse que a Índia deixará de comprar petróleo russo.

A afirmação de Trump acontece após a ameaça de que Nova Déli continuaria pagando tarifas “massivas” caso não parasse de comprar a matéria-prima.

Falei com o primeiro-ministro indiano, Modi, e ele disse que não vai fazer essa coisa do petróleo russo“, disse Trump a repórteres a bordo do Air Force One.

Questionado sobre a afirmação da Índia de que não tinha conhecimento de nenhuma conversa entre Modi e Trump, Trump respondeu: “Mas se eles querem dizer isso, então continuarão pagando tarifas massivas, e eles não querem fazer isso.”

O petróleo russo tem sido um dos principais motivos de irritação de Trump nas prolongadas negociações comerciais com a Índia — metade de suas tarifas de 50% sobre produtos indianos são uma retaliação a essas compras.

O governo dos EUA afirmou que a receita do petróleo financia a guerra da Rússia na Ucrânia.

A Índia se tornou a maior compradora de petróleo russo transportado por via marítima, vendido com desconto, depois que países ocidentais rejeitaram as compras e impuseram sanções a Moscou por sua invasão da Ucrânia em 2022.

Trump disse na quarta-feira (15) que Modi lhe garantiu naquele dia que a Índia interromperia suas compras de petróleo russo.

O Ministério das Relações Exteriores da Índia afirmou não ter conhecimento de nenhuma conversa telefônica entre os líderes naquele dia, mas afirmou que a principal preocupação de Nova Délhi era “salvaguardar os interesses do consumidor indiano“.

Um funcionário da Casa Branca disse na quinta-feira (16) que a Índia reduziu pela metade suas compras de petróleo russo, mas fontes indianas disseram que nenhuma redução imediata foi observada.

As fontes disseram que as refinarias indianas já fizeram pedidos para embarque em novembro, incluindo alguns com previsão de chegada em dezembro, portanto, qualquer corte pode começar a aparecer nos números de importação de dezembro ou janeiro.

As importações indianas de petróleo russo devem aumentar cerca de 20% este mês, para 1,9 milhão de barris por dia, de acordo com estimativas da empresa de dados de commodities Kpler, à medida que a Rússia aumenta as exportações após drones ucranianos atingirem suas refinarias.

Trump diz que não permitirá que China “jogue o jogo das terras raras”

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que não permitirá que a China “brinque o jogo das terras raras” na disputa comercial entre os dois países. A declaração foi feita a repórteres a bordo do Air Force One neste domingo (19).

Quero que eles comecem a comprar soja, pelo menos na quantidade que compravam antes. E acredito que conseguirão fazer isso. Mas não quero que a China brinque o jogo das terras raras conosco”, disse o presidente americano.

As terras raras são um conjunto de minerais estratégicos utilizados em setores de alta tecnologia, como semicondutores, veículos elétricos, equipamentos militares e energia renovável, áreas onde a China domina grande parte da produção global.

Trump afirmou que os Estados Unidos “podem reduzir” parte das tarifas impostas aos produtos chineses, mas afirmou que espera algo em troca.

A China precisa fazer algo por nós também. Quero ajudar a China, não quero prejudicá-la, mas tem que ser um acordo justo”, afirmou o presidente.

Maduro diz que plano de defesa contra ameaças dos Estados Unidos foi acionado

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou neste sábado que o plano de defesa contra as “ameaças” dos Estados Unidos foi acionado em todo o país, após a conclusão dos exercícios militares nos quatro estados que faltavam.

Washington iniciou em agosto uma operação antinarcóticos com sete navios de guerra em águas internacionais do Caribe, perto das costas venezuelanas, o que Caracas considera uma “ameaça” para iniciar uma “mudança de regime”.

Em resposta, Maduro tentou esforços militares por estados com milhares de agentes, concentrando-se nas fronteiras.

“Hoje completamos todas as zonas de defesa integral do país, todos os estados”, disse o presidente em um áudio divulgado no Telegram. Maduro anuncia com frequência esse tipo de manobras, muito divulgadas nas redes sociais, mas nem sempre traduzidas em operações visíveis.

As manobras na madrugada de sábado de aconteceram em Guárico, Cojedes, Barinas e Portuguesa (centro), indicaram.

A presença naval dos Estados Unidos foi anunciada pouco depois de Washington acusar Maduro de liderar cartéis de drogas e, até o momento, os relatos indicam que seis embarcações de supostos “narcoterroristas” foram atacadas por navios americanos, com um balanço de pelo menos 27 mortos.

O presidente Donald Trump disse na quarta-feira que autorizou operações da CIA contra a Venezuela, mas sem revelar os dados. Também afirmou que cogitava ataques terrestres contra cartéis de drogas do país sul-americano.

A maior parte dos exercícios militares da Venezuela acontece de madrugada. Imagens de militares saindo dos quartéis foram exibidas pela TV estatal.

Participe também da polícia, da Proteção Civil e de um corpo militar integrado por civis.

Durante uma semana, aconteceram exercícios na fronteira com a Colômbia, onde o governo anunciou a mobilização de 17 mil militares, assim como no Amazonas, Mérida, Trujillo, Lara e Yaracuy (oeste).

Trump posta vídeo de IA para zombar de protestos e diz: ‘Não sou rei’

O presidente dos EUA, Donald Trump, postou um vídeo feito com IA para ironizar os protestos contra ele que ocorreram no sábado (18) — Foto: Reprodução/Truth Social

O presidente Donald Trump, dos EUA, publicou um vídeo nesse domingo (19) feito por inteligência artificial em que pilota um avião militar e solta “bombas” do que parecem ser fezes sobre os manifestantes dos protestos “No Kings” (“Sem Reis”).

O vídeo, que foi publicado na rede social Truth Social, mostra Trump usando uma coroa e pilotando um avião com os dizeres “King Trump” (“Rei Trump”, em inglês) na lateral.

Foi a primeira reação de Trump aos protestos, que reuniram manifestantes de cidades dos EUA e também da Europa. Ainda no domingo, em entrevista à Fox News, Trump também disse: “Estão se referindo a mim como rei. Eu não sou um rei”.

Antes disso, o Partido Republicano já havia minimizado as manifestações como “protestos antiamericanos“.

Mobilizações em série

Esta foi a terceira mobilização em massa desde a volta de Trump à Casa Branca, e ocorreu em meio a uma paralisação do governo que não só fechou serviços federais, mas também testa o equilíbrio de poderes.

Os manifestantes lotaram a Times Square, em Nova York, e se reuniram aos milhares em parques de Boston, Atlanta e Chicago. Grandes atos também foram registrados em Washington e no centro de Los Angeles.

Houve bandas marciais, enormes faixas com o preâmbulo “We, the people” (“Nós, o povo”) da Constituição dos EUA e manifestantes com fantasias.

Organizadores dos protestos alertam que a forma com que o Executivo agressivo confronta o Congresso e os tribunais é um deslize rumo ao autoritarismo.

A paralisação do governo americano, conhecida como shutdown, ocorreu após o Congresso não conseguir aprovar um projeto orçamentário para estender o financiamento federal.

Com o governo impedido de gastar, milhares de servidores públicos foram colocados em licença, enquanto outros, que trabalham em serviços essenciais, podem ter os salários suspensos.

Em Washington, o veterano da Guerra do Iraque Shawn Howard disse à agência de notícias Associated Press que nunca tinha participado de um protesto, mas se sentiu motivado a comparecer por ver o que considera o “desrespeito à lei” da administração Trump.

EUA realizam novo ataque contra barco no Caribe suspeito de levar drogas

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, anunciou neste domingo (19) que o país realizou um ataque na sexta-feira (17) contra um navio que autoridades de inteligência americanas acreditavam estar envolvido com o tráfico ilegal de drogas no Caribe.

Hegseth escreveu em uma publicação no X que a embarcação era afiliada a uma organização terrorista colombiana e tinha “quantidades substanciais de narcóticos” a bordo. Ele disse que os três homens a bordo foram todos mortos e que nenhuma força americana ficou ferida.

Este é o sétimo ataque conhecido de uma série de ataques recentes das Forças Armadas dos EUA contra embarcações que, segundo o governo Trump, estão envolvidas com o tráfico de drogas. O ataque ocorre dias após outro ataque a um suposto barco de drogas, que, segundo a CNN, pareceu ser a primeira vez em que um ataque não matou todos a bordo.

“Esses cartéis são a Al-Qaeda do Hemisfério Ocidental, usando violência, assassinato e terrorismo para impor sua vontade, ameaçar nossa segurança nacional e envenenar nosso povo“, escreveu Hegseth. “As Forças Armadas dos Estados Unidos tratarão essas organizações como os terroristas que são — elas serão caçadas e mortas, assim como a Al-Qaeda.”

Trump chama presidente da Colômbia de “líder do tráfico de drogas”

O presidente dos EUA, Donald Trump, chamou no domingo (19) o presidente colombiano Gustavo Petro de “líder do tráfico ilegal de drogas” e disse que os Estados Unidos cessariam “pagamentos e subsídios em larga escala” à nação sul-americana.

O objetivo da produção dessa droga é vender grandes quantidades do produto nos Estados Unidos, causando morte, destruição e caos“, disse Trump em uma publicação no Truth Social.

A Reuters não conseguiu determinar imediatamente a quais pagamentos Trump se referia. A Colômbia já foi um dos maiores beneficiários de ajuda americana no Hemisfério Ocidental, mas o fluxo de dinheiro foi repentinamente reduzido este ano com o fechamento da USAID, o braço de assistência humanitária do governo americano.

A embaixada colombiana em Washington, D.C., não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. O Departamento de Estado dos EUA encaminhou as perguntas à Casa Branca, que também não respondeu imediatamente.

As relações entre Bogotá e Washington se deterioraram desde que Trump voltou ao poder. No mês passado, os Estados Unidos revogaram o visto de Petro depois que ele se juntou a uma manifestação pró-Palestina em Nova York e instou os soldados americanos a desobedecerem às ordens de Trump.

No ano passado, Petro prometeu domar as regiões de cultivo de coca na Colômbia com uma intervenção social e militar massiva, mas a estratégia trouxe pouco sucesso.

Em setembro, Trump designou países como Afeganistão, Bolívia, Birmânia, Colômbia e Venezuela entre aqueles que os Estados Unidos acreditam ter “falhado demonstravelmente” em manter acordos antinarcóticos durante o ano passado.

Ele culpou a liderança política da Colômbia pelo fracasso em cumprir suas obrigações de controle de drogas.

Petro … é um líder do tráfico de drogas ilegais que incentiva fortemente a produção em massa de drogas“, disse Trump em sua postagem no domingo, dizendo que os pagamentos e subsídios dos EUA para a Colômbia eram um roubo.

Coroa de diamantes é recuperada após roubo no Louvre, diz mídia

CNN Brasil on X: "Coroa de diamantes é recuperada após roubo no Louvre, diz  mídia https://t.co/mRE2IqX8f2" / X

A ministra da Cultura, Rachida Dati, disse à emissora de TV francesa TF1 que uma joia foi encontrada perto do Louvre e estava sendo avaliada.

A TF1 e o jornal Le Parisien informaram que a peça recuperada era a coroa da Imperatriz Eugénie, esposa de Napoleão III. A peça de ouro ornamentada, com 1.354 diamantes e 56 esmeraldas, foi danificada no roubo, disseram.

O Le Parisien disse que uma segunda joia também foi recuperada, mas não a identificou.

O museu fechou na manhã desta domingo (19), após um assalto organizado por um grupo de três ou quatro pessoas.

O Ministro do Interior, Laurent Nuñez, disse à rádio France Inter: “Um grande assalto ocorreu esta manhã na Sala Apollo. Indivíduos entraram no Museu do Louvre pelo lado de fora, usando um elevador de carga externo posicionado em um caminhão.”

A Sala Apollo abriga as Joias da Coroa Francesa, além de tesouros, incluindo a coleção de vasos de pedra dura de Luís XIV.

Os ladrões arrombaram uma janela usando uma esmerilhadeira e roubaram joias de “valor sentimental e inestimável”, acrescentou o ministro do Interior.

Uma lista detalhada dos itens roubados está sendo compilada, informou o Ministério do Interior em um comunicado. “Além do valor de mercado, os itens têm valor patrimonial e histórico inestimáveis”, acrescentou.

Israel diz que Hamas entregou mais dois corpos de reféns à Cruz Vermelha neste sábado; ainda faltam 16

Hamas usa escavadeiras para procurar corpos de reféns

O exército israelense informou neste sábado (18) que o Hamas entregou mais “dois caixões de reféns mortos” à Cruz Vermelha em Gaza. Com isso, os restos mortais de 12 dos 28 reféns que morreram na Faixa de Gaza foram devolvidos.

Os corpos ainda não foram identificados, segundo a AP.

A entrega dos corpos é um passo importante do acordo do cessar-fogo entre Hamas e Israel, e o governo israelense tem pressionado o Hamas para entregar todos os restos mortais quanto antes.

O Hamas afirma que a devastação, os artefatos explosivos não detonados e o controle militar israelense de algumas áreas em Gaza estão dificultando o processo.

Ajuda humanitária pausada até a entrega total

Na terça-feira (14), devido à demora do Hamas para entregar os restos mortais de todos os 28 reféns que morreram na Faixa de Gaza, Israel avisou à ONU que decidiu limitar a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.

Segundo a agência de notícias Reuters, o governo israelense permitirá a entrada de apenas 300 caminhões de ajuda humanitária — metade do número previamente acordado — em Gaza a partir desta quarta-feira (15), e nenhum combustível ou gás será autorizado a entrar no território, exceto para necessidades específicas relacionadas à infraestrutura humanitária.

Autoridades israelenses afirmam que o Hamas descumpriu o acordo de cessar-fogo assinado na semana passada, no qual o grupo se comprometeu a libertar todos os 48 reféns que estavam em Gaza, incluindo os corpos de 28 vítimas.

Na segunda-feira (13), além de entregar os primeiros quatro corpos, o Hamas libertou os 20 reféns vivos. No entanto, pediu mais tempo para a devolução dos demais, alegando não saber onde estão os restos mortais de todos.

Após a assinatura do cessar-fogo, a Turquia anunciou a criação de uma força-tarefa para buscar os corpos que continuam desaparecidos na Faixa de Gaza. A operação deve contar com o apoio dos Estados Unidos e de Israel.

ONU e Cruz Vermelha pedem abertura de passagem

Na terça-feira, a ONU e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) pediram a abertura de todas as passagens fronteiriças da Faixa de Gaza para o envio de mais ajuda humanitária.

O porta-voz do CICV, Christian Cardon, disse em coletiva de imprensa que a abertura precisa ser feita “em caráter de urgência”.

Pelo que sei, nem todas as passagens fronteiriças de Gaza estão abertas para a ajuda humanitária. Esse é o principal problema neste momento e é o que as organizações humanitárias, incluindo o CICV, reivindicaram nas últimas horas“, disse.

Já Jens Laerke, porta-voz do Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha), disse que a organização tem 190 mil toneladas de ajuda prontas para envio a Gaza e pediu que as autoridades autorizem o aumento do fluxo de entrada.

Trump pede que Zelensky chegue a acordo com a Rússia para encerrar conflito

Presidente dos EUA, Donald Trump e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky /HANDOUT / UKRAINIAN PRESIDENTIAL PRESS SERVICE / AFP

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu na sexta-feira (17) que seu colega ucraniano, Volodimyr Zelensky, chegue a um acordo com a Rússia, esfriando os planos de Kiev de obter mísseis Tomahawk e apostando em uma solução diplomática para o conflito.

No mês passado, Trump disse acreditar que a Ucrânia poderia recuperar todo o seu território, mas, um dia após concordar em se reunir com o presidente russo, Vladimir Putin, para uma nova cúpula, o americano mudou de opinião.

Após um encontro com Zelensky nesta sexta-feira na Casa Branca, Trump declarou nas redes sociais que as conversas foram “muito interessantes e cordiais”. Mas esclareceu: “Disse a ele, como também sugeri enfaticamente ao presidente Putin, que é hora de parar a matança e chegar a um acordo.”

Trump também pareceu sugerir que ambas as partes deveriam aceitar suas posições atuais. “Deveriam parar onde estão. Que ambos cantem vitória e que a História decida!”, disse.

Após a reunião, Zelensky disse que a Rússia teme os mísseis de cruzeiro Tomahawk, de fabricação americana, mas afirmou ser “realista” quanto à possibilidade de receber as armas de Washington.

O governante ucraniano disse que, embora ele e Trump tenham conversado sobre armas de longo alcance, “decidiu-se que não falaremos sobre isso, porque os Estados Unidos não querem uma escalada”.

‘Terminar a guerra’

Zelensky chegou a Washington após semanas pedindo os Tomahawk, na esperança de aproveitar a frustração crescente de Trump com Putin. Mas o ucraniano saiu de mãos vazias, enquanto Trump busca um novo avanço diplomático, após o acordo de paz na Faixa de Gaza fechado na semana passada.

É bom que o presidente Trump não tenha declarado ‘não’, mas hoje (ele) também não disse ‘sim’ para fornecer os Tomahawks a Kiev“, afirmou Zelensky ao canal NBC na sexta-feira.

O americano mostrou-se muito mais otimista quanto às perspectivas de um acordo desde uma conversa telefônica de duas horas e meia com Putin ontem, na qual ambos concordaram em se reunir em Budapeste.

Com sorte, poderemos terminar a guerra sem pensar nos Tomahawk”, declarou Trump ao receber Zelensky na Casa Branca. E acrescentou que acredita que Putin “quer terminar a guerra”. Mas Zelensky, que vestia um terno escuro, em sua terceira reunião com Trump em Washington, discordou, avaliando que Putin “não está pronto” para a paz.

Para incentivar a entrega de armas de longo alcance, Zelensky disse estar disposto a trocar “milhares” de drones ucranianos. O líder ucraniano parabenizou Trump pelo acordo de paz na Faixa de Gaza e expressou esperança de que ele consiga o mesmo resultado na Ucrânia.

‘Muitas perguntas’

As conversas diplomáticas para pôr fim à invasão russa estão estagnadas desde a cúpula de Trump e Putin no Alasca.

O Kremlin indicou na sexta-feira que ainda é necessário resolver “muitas perguntas” antes que Putin e Trump possam se reunir, incluindo quem integrará cada equipe negociadora.

Moscou também descartou sugestões de que o presidente russo teria dificuldades para voar sobre o espaço aéreo europeu.

A Hungria afirmou que garantirá a entrada de Putin no país e a realização de “conversas bem-sucedidas” com os Estados Unidos, apesar do mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por supostos crimes de guerra.

Frustração de Trump

A posição de Trump sobre a guerra na Ucrânia mudou drasticamente nos últimos meses.

No início de seu mandato, Trump e Putin se aproximaram, enquanto o líder americano chamava Zelensky de “ditador sem eleições”.

As tensões chegaram a um ponto crítico em fevereiro, quando Trump acusou seu par ucraniano de “não ter as cartas” durante uma acalorada reunião televisionada no Salão Oval.

As relações entre ambos têm se estreitado desde então, embora Trump venha expressando crescente frustração com o presidente russo.

Ainda assim, o americano mantém um canal de diálogo aberto e afirma que ambos “se dão bem”.

O líder dos Estados Unidos mudou repetidamente de posição sobre as sanções e outras medidas contra Moscou após as conversas com o presidente russo.

Putin ordenou uma invasão em grande escala da Ucrânia, descrevendo-a como uma “operação militar especial” para desmilitarizar o país e impedir a expansão da Otan.

Kiev e seus aliados europeus afirmam que a guerra é uma apropriação ilegal de território, que resultou em dezenas de milhares de mortes civis e militares, além de destruição generalizada.

Atualmente, a Rússia ocupa atualmente cerca de um quinto do território ucraniano, em grande parte devastado pelos combates.

Raquel Lyra tenta atrair investimento chinês para o metrô pernambucano

Investimentos no metrô de Pernambuco foram tratados pela governadora Raquel Lyra (PSD) com representantes da China Railway Rolling Stock Corporation Sifang (CRRC), maior fabricante mundial de equipamentos para o transporte ferroviário, na cidade de Qingdao. Ela apresentou a proposta de privatização que está sob estudo do BNDES e destacou o potencial do transporte de passageiros. Ao final da agenda, representantes da CRRC confirmaram visita técnica ao Estado para o próximo mês de novembro.

“Desde 2023 que o Governo de Pernambuco tem colocado o Metrô do Recife como uma prioridade. Já apresentamos ao governo federal a urgência da realização de investimentos, que já estão sendo feitos nas áreas mais críticas. E hoje, fizemos uma reunião com a CRRC, que forneceu material para grandes capitais, como Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte. Estamos acompanhando a conclusão dos estudos de concessão pelo BNDES e nosso objetivo é modernizar o Metrô do Recife para melhorar o serviço prestado para todos os usuários”, explicou Raquel Lyra.

De acordo com nota enviada pelo Governo do Estado, presidente de mercado da América Latina da CRRC, Wang Rubiao, disse que a reunião serviu para entender as principais necessidades e soluções para atender ao Estado. “Nos reunimos para poder identificar como podemos oferecer soluções para o Estado de Pernambuco. E é muito importante recebê-los para conhecer de perto a nossa fábrica e nossos produtos e conseguir entender quais são as demandas do Estado”, comentou.

Atualmente, Pernambuco acompanha os estudos de viabilidade da concessão do Metrô do Recife pelo BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento) e solicitou recursos no Novo Pac/Seleções com o objetivo de garantir a melhoria das operações. A expectativa é que o Governo Federal libere R$ 3 bilhões.

Trump comuta pena do ex-congressista George Santos

Ex-congressista republicano George Santos/JIM WATSON / AFP

O presidente Donald Trump comutou, nesta sexta-feira (17), a pena do ex-congressista republicano George Santos, condenado por fraude eletrônica e roubo de identidade qualificado, para esbanjar em férias luxuosas e injeções de Botox com dinheiro desviado de seus doadores de campanha.

“George esteve em regime de isolamento por longos períodos e, de acordo com todas as fontes, foi terrivelmente maltratado”, escreveu Trump em uma publicação extensa na rede Truth Social nesta sexta.

“Pelo menos Santos tem a coragem, convicção e inteligência de SEMPRE VOTAR EM REPUBLICANOS”, acrescentou.

“Portanto, acabei de assinar uma comutação para libertar George Santos da prisão, imediatamente”, afirmou Trump.

Uma comutação presidencial difere do perdão: no primeiro caso, a condenação permanece, mas é reduzida ou extinta a pena imposta, enquanto o perdão extingue os efeitos penais da condenação.

Santos, ex-congressista republicano por Long Island, estado de Nova York, foi condenado em abril a 7 anos e 3 meses de prisão, a restituir quase 378 mil dólares (2 milhões de reais) e a pagar multa de 205 mil dólares (1,1 milhão de reais).

O ex-parlamentar de 37 anos estava preso desde julho.

Nascido em Nova York e filho de pais brasileiros, George usou cartões de crédito de seus doadores sem autorização para comprar roupas de grife, realizar pagamentos, quitar a entrada de automóveis e sacar dinheiro em caixas eletrônicos, segundo a promotoria.

Uma investigação do comitê de ética do Congresso revelou que ele destinou fundos desviados a tratamentos de Botox e ao site pornográfico OnlyFans, além de adquirir artigos de luxo italianos e financiar férias nos Hamptons e em Las Vegas.

Ele também recebeu auxílios durante a pandemia de coronavírus aos quais não tinha direito, e seguro-desemprego mesmo estando empregado. E construiu um currículo cheio de mentiras sobre sua formação, religião, patrimônio e salário.

Entre as excentricidades biográficas fabricadas por Santos estão as afirmações de que trabalhou no banco Goldman Sachs, que era judeu e que havia sido um astro do vôlei universitário.

Após se recusar a renunciar ao mandato quando foi denunciado em maio de 2023, a Câmara dos Representantes o expulsou em dezembro daquele ano, tornando-o o sexto congressista a ser compelido a deixar o cargo na história da instituição.

Santos concorreu nas eleições legislativas de novembro de 2022 como a “nova face do Partido Republicano”.

Venezuela pede que ONU investigue ataques dos EUA no Caribe

O governo da Venezuela pediu na quinta-feira (16) ao Conselho de Segurança da ONU que investigue os recentes ataques dos Estados Unidos contra embarcações no Mar do Caribe “e determine sua natureza ilegal”, e que ressalte que essas e outras ações representam uma “ameaça” à paz na América Latina e no Caribe.

O pedido faz parte de uma carta que o representante permanente da Venezuela na ONU (Organização das Nações Unidas), Samuel Moncada, enviou ao secretário-geral da ONU, António Guterres, e ao atual presidente do Conselho de Segurança e representante russo, Vasily Nebenzya.

Moncada leu parte do documento em uma coletiva de imprensa na quinta-feira, explicando que o pedido de Caracas ao conselho consiste em três pontos. Isso ocorre após os Estados Unidos realizarem o quinto ataque a embarcações no Caribe na terça-feira (14), alegando estar combatendo o narcotráfico.

Pelo menos 27 pessoas morreram nesses ataques. Sem apresentar provas, os Estados Unidos alegaram que eram traficantes de drogas. Em contraste, Venezuela e Colômbia afirmaram que algumas das embarcações transportavam pescadores de seus países sem qualquer ligação com atividades criminosas.

Na quinta-feira, os Estados Unidos realizaram um novo ataque militar no Caribe, disseram autoridades à CNN.

Nesse contexto, Moncada afirmou que o primeiro ponto do pedido da Venezuela é que o Conselho de Segurança “investigue a série de assassinatos que o Governo dos Estados Unidos da América vem perpetrando em nossa região e determine sua natureza ilegal”.

O representante explicou que o segundo ponto é “confirmar a ameaça que essas ações ilícitas representam para a preservação da paz na América Latina e no Caribe, incluindo execuções extrajudiciais, o aumento de forças militares, a retórica belicosa contra a Venezuela e as operações clandestinas da CIA”.

Este último aspecto faz alusão ao fato do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter anunciado na quarta-feira (15) que havia autorizado a CIA a operar na Venezuela para — segundo ele — interromper o fluxo de drogas e imigrantes sem documentos para os EUA.

Por fim, o terceiro ponto do pedido da Venezuela é que o Conselho de Segurança emita “uma declaração reafirmando o princípio do respeito irrestrito à soberania, independência e integridade territorial da Venezuela como base indispensável para a preservação da paz”.

A CNN contatou o gabinete do secretário-geral da ONU, o presidente do Conselho de Segurança e o Departamento de Estado dos EUA para obter comentários e aguarda uma resposta.

O pedido da Venezuela às Nações Unidas é o mais recente desdobramento das crescentes tensões entre o país sul-americano e os Estados Unidos desde setembro, quando o governo Trump enviou navios de guerra e aeronaves para o Caribe sob o pretexto de combater o narcotráfico.

Essa mobilização foi seguida por ataques a embarcações na região e, esta semana, pelo anúncio de Trump de que sua ofensiva contra narcotraficantes também será realizada em terra e incluirá autorização para a CIA operar dentro da Venezuela.

No país, o regime do ditador Nicolás Maduro minimizou essas ações dos EUA e as descreveu como uma ameaça à soberania do país.

Na quarta-feira, em um evento público, Maduro afirmou que os Estados Unidos querem agir contra ele, declarando: “Não à mudança de regime… não aos golpes da CIA… A América Latina não os quer, não precisa deles e os repudia.”

Novo presidente do Peru pede poderes ao Congresso para enfrentar violência

Novo presidente peruano, José Jerí/RENATO PAJUELO / AFP

O novo presidente peruano, José Jerí, pediu poderes ao Congresso nesta quinta-feira (16) para enfrentar a violência, após os recentes protestos contra o crime organizado e a classe política que deixaram um morto e uma centena de feridos em Lima.

Na quarta-feira foram registrados os confrontos mais graves desde que os protestos começaram em Lima há um mês, liderados pela Geração Z, um coletivo de jovens entre 18 e 30 anos, em repúdio ao Congresso e ao governo de direita recém-instalado, que substituiu o de Dina Boluarte.

A presidente foi destituída após um julgamento político expresso em 10 de outubro devido à crise de insegurança.

Jerí, de 38 anos e até então chefe do parlamento, assumiu a presidência de forma interina até julho de 2026, quando deverá entregar o comando após a realização de eleições gerais.

Durante os confrontos de quarta-feira, um manifestante morreu por um impacto de bala cuja origem está sendo investigada. Também foram registrados 113 feridos, entre eles 84 policiais e 29 civis, de acordo com o balanço consolidado das autoridades.

Nesta quinta-feira, Jerí compareceu ao Congresso para pedir “faculdades legislativas” que lhe permitam enfrentar a crise de insegurança. Ele espera adotar medidas de urgência sem passar pela aprovação dos parlamentares.

Queremos solicitar recursos legislativos para legislar principalmente em temas de segurança pública […] que é o principal problema“, disse o presidente aos jornalistas.

Entre eles está o tema dos presídios“, de onde as gangues operam uma rede de extorsão, comentou Jerí, sem detalhar o tipo de intervenção que espera aplicar nas prisões.