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Que vossos rins estejam cingidos e as lâmpadas acesas

Cor Litúrgica: Roxo

Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos | Domingo


Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: Que vossos rins estejam cingidos e as lâmpadas acesas. Sede como homens que estão esperando seu senhor voltar de uma festa de casamento, para lhe abrir, imediatamente, a porta, logo que ele chegar e bater. Felizes os empregados que o senhor encontrar acordados quando chegar. Em verdade eu vos digo: Ele mesmo vai cingir-se, fazê-los sentar-se à mesa e, passando, os servirá. E caso ele chegue à meia-noite ou às três da madrugada, felizes serão, se assim os encontrar! Mas ficai certos: se o dono da casa soubesse a hora em que o ladrão iria chegar, não deixaria que arrombasse a sua casa. Vós também, ficai preparados! Porque o Filho do Homem vai chegar na hora em que menos o esperardes”. (Lc 12,35-40).

Estimados leitores, hoje, no domingo, dia do Senhor, é também um dia de lembranças, silêncio e gratidão. Recordamos aqueles que partiram, mas que continuam vivos em nossas memórias, em nossas histórias e no amor que deixaram.

Que este dia nos inspire a valorizar a vida, a presença e o tempo que temos com quem amamos. Que a saudade se transforme em paz e que a fé nos console com a certeza de que a morte não é o fim, mas uma passagem para a eternidade.

No Evangelho de hoje, somos despertados para a consciência que devemos ter do nosso tempo de vida terrena. É importante conscientizarmo-nos de que o nosso tempo presente deve ser um tempo útil à nossa caminhada rumo à eternidade.

“Vós também, ficai preparados, porque o Filho do Homem vai chegar na hora em que menos o esperardes.”

Quanto ao dia e à hora da nossa passagem, Deus preferiu ocultar de nós. No entanto, para quem vive dentro do plano de Deus, o dia e a hora não importam; o importante é estar o tempo todo em sintonia com Ele.

Jesus nos alerta sobre a importância de estarmos atentos o tempo todo, de estarmos vigilantes — o que não significa ficarmos parados. Pelo contrário, devemos esperar por esta sua segunda vinda no exercício da nossa missão, no lugar onde fomos plantados por Deus para produzir frutos.

“Que vossos rins estejam cingidos e as lâmpadas acesas.”

No tempo de Jesus, estar com os rins cingidos significava colocar sobre as vestes largas um cinto ou uma corda na cintura, para facilitar os movimentos do corpo, favorecendo assim a agilidade no trabalho.

Rins cingidos falam de serviço — foi o que o próprio Jesus fez: cingiu-se para lavar os pés dos apóstolos, numa atitude de humildade e de serviço. Manter as lâmpadas acesas é uma vigilância permanente, dia e noite.

Em Jesus encontramos força e coragem para enfrentar e superar as adversidades da vida. Com Ele, em vez de medo, cultivamos em nossos corações a certeza da vitória.

Tenham todos um abençoado domingo!


Rosa Amélia

Catequista da Paróquia do Senhor Bom Jesus dos Remédios / Afogados da Ingazeira.

Glorifica o Senhor, Jerusalém!

Cor Litúrgica: Verde

30ª Semana do Tempo Comum | Sexta-feira


1 Aconteceu que, num dia de sábado, Jesus foi comer na casa de um dos chefes dos fariseus. E eles o observavam. 2 Diante de Jesus, havia um hidrópico. 3 Tomando a palavra, Jesus falou aos mestres da Lei e aos fariseus: “A Lei permite curar em dia de sábado, ou não?” 4 Mas eles ficaram em silêncio. Então Jesus tomou o homem pela mão, curou-o e despediu-o. 5 Depois lhes disse: “Se algum de vós tem um filho ou um boi que caiu num poço, não o tira logo, mesmo em dia de sábado?” 6 E eles não foram capazes de responder a isso. (Lc 14,1-6).

Amados irmãos e irmãs, que a paz do Senhor e o amor de Maria esteja com todos vocês.

Mais uma vez, ao curar um doente, Jesus quebra os esquemas religiosos e dá pleno sentindo ao Sábado. Da mesma forma que em Lc13,10-17, a ação de Jesus se dá diante dos líderes, para questionar suas posturas e convicções.

O legalismo religioso impede perceber que a ação do Messias liberta de todo tipo de amarras. A cura eleva o Sábado à sua maior grandeza, por manifestar o propósito pleno da criação: a vida libertada de homens e mulheres, imagens de Deus. Para deixar claro que a realização do Reino não obedece a esquemas preestabelecidos e atinge interesses e instituições, Jesus introduz na discussão as parábolas que vêm a seguir.

Tenham todos uma abençoada Sexta-feira!


Mauricéia Araújo

Ministra da Eucaristia da Paróquia do Senhor Bom Jesus dos Remédios / Afogados da Ingazeira.

Salvai-me, Senhor, segundo a vossa bondade!

Cor Litúrgica: Verde

30ª Semana do Tempo Comum | Quinta-feira


31 Naquela hora, alguns fariseus aproximaram-se e disseram a Jesus: “Tu deves ir embora daqui, porque Herodes quer te matar”. 32 Jesus disse: “Ide dizer a essa raposa: eu expulso demônios e faço curas hoje e amanhã; e no terceiro dia terminarei o meu trabalho. 33 Entretanto, preciso caminhar hoje, amanhã e depois de amanhã, porque não convém que um profeta morra fora de Jerusalém. 34 Jerusalém, Jerusalém! Tu que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes eu quis reunir teus filhos, como a galinha reúne os pintainhos debaixo das asas, mas tu não quiseste! 35 Eis que vossa casa ficará abandonada. Eu vos digo: não me vereis mais, até que chegue o tempo em que vós mesmos direis: ‘Bendito aquele que vem em nome do Senhor'”. (Lc 13,31-35).

Amados irmãos e irmãs, no Evangelho de hoje percebemos que nem a ameaça de Herodes impede Jesus de cumprir sua missão.

A presença do Senhor incomoda a autoridade do rei, e ele quer matá-lo. Além disso, no trecho de hoje, Jesus lamenta sobre Jerusalém: “Tu que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados!”. Esse processo se encerrará quando o povo o receber, dizendo: “Bendito aquele que vem em nome do Senhor!”.

Mesmo diante de todas as provações, Jesus não desistiu de cumprir sua missão.

Assim, também devemos seguir o exemplo de Jesus: não devemos desistir diante dos obstáculos do dia a dia, não devemos fraquejar na fé. Precisamos nos fortalecer e seguir no propósito designado a cada um de nós.

Que este Evangelho nos leve à reflexão e que, mesmo com os “Herodes” da vida, continuemos firmes na fé.

Tenhamos todos uma abençoada quinta-feira.


Marineide Alcântara

Ministra da Palavra da Paróquia do Senhor Bom Jesus dos Remédios, em Afogados da Ingazeira.

A vida aqui na terra é o percurso que caminhamos até o Céu

Cor Litúrgica: Verde

30ª Semana do Tempo Comum | Quarta-feira


Naquele tempo, 22 Jesus atravessava cidades e povoados, ensinando e prosseguindo o caminho para Jerusalém. 23 Alguém lhe perguntou: “Senhor, é verdade que são poucos os que se salvam?” Jesus respondeu: 24 “Fazei todo esforço possível para entrar pela porta estreita. Porque eu vos digo que muitos tentarão entrar e não conseguirão. 25 Uma vez que o dono da casa se levantar e fechar a porta, vós, do lado de fora, começareis a bater, dizendo: ‘Senhor, abre-nos a porta!’ Ele responderá: ‘Não sei de onde sois’. 26 Então começareis a dizer: ‘Nós comemos e bebemos diante de ti, e tu ensinaste em nossas praças!’ 27 Ele, porém, responderá: ‘Não sei de onde sois. Afastai-vos de mim todos vós que praticais a injustiça!’ 28 Ali haverá choro e ranger de dentes, quando virdes Abraão, Isaac e Jacó, junto com todos os profetas no Reino de Deus, e vós, porém, sendo lançados fora. 29 Virão homens do oriente e do ocidente, do norte e do sul, e tomarão lugar à mesa no Reino de Deus. 30 E assim há últimos que serão primeiros, e primeiros que serão últimos”. (Lc 13,22-30).

Jesus tinha uma meta, chegar a Jerusalém, porém isso não o impedia de aproveitar cada lugar que antecedia para evangelizar. Não podemos nos distrair no caminho, esquecendo o que precisamos alcançar, mas não devemos perder a oportunidade de falar do Reino a nossos irmãos que encontramos nesse percurso.

Nós também queremos chegar a Jerusalém, não a que foi alcançada por Jesus, mas a Jerusalém Celeste, alcançar a Vida Eterna. O Evangelho nos dá a chave para chegarmos até lá, sermos justos, esse é o segredo para sermos reconhecidos por Deus. A vida aqui na terra é o percurso que caminhamos até o Céu, então devemos observar quem caminha a nosso lado, aproveitando cada momento para evangelizar, sem nos perdermos nas distrações.

No entanto, devemos lembrar que por nossas próprias forças é muito fácil se perder nesse caminho, mas temos um companheiro que está sempre conosco e nos socorre em nossas fraquezas, como bem nos instrui São Paulo na sua Carta aos Romanos, proclamada na Primeira Leitura de hoje, o Espírito nos faz alcançar nossos propósitos da vida na graça. E reforça ainda que, quando estamos em comunhão com Deus, vivendo o seu Amor, tudo contribui para o nosso bem.

Peçamos ao Senhor um coração justo, atenção enquanto caminhamos nesse mundo, ajudando nossos irmãos, para alcançarmos nossa Jerusalém Celeste e vivermos em plena comunhão com Ele!


Alanny Veras

Psicóloga e Membro da Pastoral Litúrgica da Paróquia do Senhor Bom Jesus dos Remédios.

Seu som ressoa e se espalha em toda terra

Cor Litúrgica: Vermelho

Santos Simão e Judas, Apóstolos – Festa | Terça-feira


12 Naqueles dias, Jesus foi à montanha para rezar. E passou a noite toda em oração a Deus. 13 Ao amanhecer, chamou seus discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu o nome de apóstolos: 14 Simão, a quem impôs o nome de Pedro, e seu irmão André; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu; 15 Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado Zelota; 16 Judas, filho de Tiago, e Judas Iscariotes, aquele que se tornou traidor. 17 Jesus desceu da montanha com eles e parou num lugar plano. Ali estavam muitos dos seus discípulos e grande multidão de gente de toda a Judéia e de Jerusalém, do litoral de Tiro e Sidônia. 18 Vieram para ouvir Jesus e serem curados de suas doenças. E aqueles que estavam atormentados por espíritos maus também foram curados. 19 A multidão toda procurava tocar em Jesus, porque uma força saía dele, e curava a todos. (Lc 6,12-19).

Estimados leitores,

O Evangelho de hoje nos lembra que Jesus passou uma noite inteira em oração antes de tomar uma decisão muito importante: a escolha dos doze apóstolos, que seriam seus primeiros colaboradores.

Jesus tinha muitos discípulos, e, como seria impossível instruir bem uma multidão — correndo o risco de dispersão —, Ele quis formar um pequeno grupo ao qual pudesse dedicar-se mais de perto, formando aqueles que, mais tarde, dariam continuidade à sua missão aqui na terra.

Para escolher os apóstolos entre tantos, Jesus buscou conversar com o Pai em oração, para não se deixar guiar por emoções ou afinidades pessoais, mas sim pela vontade de Deus. Com essa escolha, formou-se o primeiro grupo da Igreja, a primeira comunidade cristã.

O interessante é que Jesus não escolheu homens letrados, mas pessoas simples, com virtudes e defeitos — o que mostra os diferentes critérios de Deus em relação aos dos homens. Enquanto nós escolhemos pessoas capacitadas para assumir alguma missão, Deus primeiro escolhe e depois capacita aqueles que Ele chamou.

O chamado de Deus não se limitou aos apóstolos. Também nós somos convidados a dar continuidade à presença de Jesus no mundo.

A oração é sinal de dependência de Deus; é atitude de quem reconhece a própria fragilidade e recorre Àquele que tudo pode. Antes de tomarmos uma decisão, façamos como Jesus: busquemos, na oração, a ajuda do Pai. Ele saberá conduzir nossas escolhas pelo caminho certo.

Tenham todos uma abençoada terça-feira!


Rosa Amélia

Catequista da Paróquia do Senhor Bom Jesus dos Remédios / Afogados da Ingazeira.

Meu Deus, tem piedade de mim, que sou pecador

Cor Litúrgica: Verde

30º Domingo do Tempo Comum | Domingo


Naquele tempo, 9 Jesus contou esta parábola para alguns que confiavam na sua própria justiça e desprezavam os outros: 10 “Dois homens subiram ao Templo para rezar: um era fariseu, o outro cobrador de impostos. 11 O fariseu, de pé, rezava assim em seu íntimo: ‘Ó Deus, eu te agradeço porque não sou como os outros homens, ladrões, desonestos, adúlteros, nem como este cobrador de impostos. 12 Eu jejuo duas vezes por semana, e dou o dízimo de toda a minha renda’. 13 O cobrador de impostos, porém, ficou à distância, e nem se atrevia a levantar os olhos para o céu; mas batia no peito, dizendo: ‘Meu Deus, tem piedade de mim que sou pecador!’ 14 Eu vos digo: este último voltou para casa justificado, o outro não. Pois quem se eleva será humilhado, e quem se humilha será elevado”. (Lc 18,9-14).

Estimados leitores, no domingo passado Jesus contou aos discípulos uma parábola para lembrar a necessidade de rezar sempre, diante das nossas necessidades e agradecimentos pelas dádivas alcançadas, na hora e no tempo de Deus.

Diante da parábola no evangelho de hoje, Jesus nos orienta a fazermos um exame de consciência. Precisamos fazer uma reflexão da nossa verdadeira disposição quando nos apresentamos diante do altar do templo do Senhor para conversar com Ele. Conversamos como o fariseu ou o cobrador de impostos?

Podemos ser como o fariseu, que abriu a boca apenas para justificar as suas boas obras e os seus méritos, ao mesmo tempo em que apontava os defeitos do cobrador de impostos, com desprezo pelas suas aparentes imperfeições.

Ou sejamos como o cobrador de impostos, que, envergonhado e de cabeça baixa, dá um exemplo de verdadeira humildade quando reconhece o seu ser pecador.

Não são as nossas palavras bonitas, nem as orações longas, que agradam ao Senhor, que sonda os nossos corações. A oração que fazemos no silêncio será ouvida e agradável. Humilhados por causa dos nossos pecados, é que alcançamos a misericórdia de Deus.

Pensando que agradava a Deus, o fariseu se autoelogiava, enquanto o cobrador de impostos não se achava digno nem mesmo de olhar para o Senhor. Por isso, clamava por misericórdia: “Meu Deus, tem piedade de mim, que sou pecador.”

A oração dele agradou a Deus, por isso ele voltou para casa justificado. Jesus conta essa parábola para nos dar a noção exata de uma pessoa humilde. A humildade é a expressão da verdade; é o reconhecimento da nossa limitação e a consciência de que somos dependentes das graças de Deus.

Jesus é quem nos justifica perante o Pai; nós mesmos nunca poderemos nos justificar. Mesmo que não digamos nada, o Senhor conhece tudo, por isso, não nos adiantará fugir. A verdade brilha como o sol do meio-dia.

Como tem sido a nossa oração diante do Senhor? Como a do fariseu pretensioso ou como a do cobrador de impostos, envergonhado?
Como temos feito o exame da nossa consciência diante do Senhor? Costumamos nos autoelogiar?

“Quem se eleva será humilhado e quem se humilha será elevado.”

Tenham todos um abençoado domingo!


Rosa Amélia

Catequista da Paróquia do Senhor Bom Jesus dos Remédios / Afogados da Ingazeira.

Ensinai-me a fazer vossa vontade!

Cor Litúrgica: Verde

29ª Semana do Tempo Comum | Sexta-feira


Naquele tempo, Jesus dizia às multidões: “Quando vedes uma nuvem vinda do ocidente, logo dizeis que vem chuva. E assim acontece. Quando sentis soprar o vento do sul, logo dizeis que vai fazer calor. E assim acontece. Hipócritas! Vós sabeis interpretar o aspecto da terra e do céu. Como é que não sabeis interpretar o tempo presente? Por que não julgais por vós mesmos o que é justo? Quando, pois, tu vais com o teu adversário apresentar-te diante do magistrado, procura resolver o caso com ele enquanto estais a caminho. Senão ele te levará ao juiz, o juiz te entregará ao guarda, e o guarda te jogará na cadeia. Eu te digo: daí tu não sairás, enquanto não pagares o último centavo”. (Lc 12,54-59)

Amados irmãos e irmãs,

que a paz do Senhor e o amor de Maria estejam com todos vocês.

É fundamental que as pessoas compreendam o alcance da ação do Messias dos pobres, do mesmo modo como reconhecem, pela observação da natureza, as mudanças do clima.

Essa exortação à prudência, em termos muito práticos, nos convida a discernir o que acontece na realidade, especialmente à luz da ação de Jesus.

Que todos tenham uma abençoada sexta-feira!


Mauricéia Araújo

Ministra da Eucaristia da Paróquia do Senhor Bom Jesus dos Remédios / Afogados da Ingazeira.

É feliz quem a Deus se confia!

Cor Litúrgica: Verde

29ª Semana do Tempo Comum | Quinta-feira


Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 49 “Eu vim para lançar fogo sobre a terra, e como gostaria que já estivesse aceso! 50 Devo receber um batismo, e como estou ansioso até que isto se cumpra! 51 Vós pensais que eu vim trazer a paz sobre a terra? Pelo contrário, eu vos digo, vim trazer divisão. 52 Pois, daqui em diante, numa família de cinco pessoas, três ficarão divididas contra duas e duas contra três; 53 ficarão divididos: o pai contra o filho e o filho contra o pai; a mãe contra a filha e a filha contra a mãe; a sogra contra a nora e a nora contra a sogra”. (Lc 12,49-53).

Amados irmãos e irmãs,

No Evangelho de hoje, contemplamos o trecho em que Jesus afirma ter vindo trazer fogo sobre a terra. Essa “divisão” causada pelo Senhor deve ser compreendida sob uma ótica escatológica: o fogo será aceso por Jesus em sua Paixão e culminará no Juízo Final.

Essa imagem nos mostra que é necessário escolher o Senhor, aderir à sua proposta de vida e de salvação, participar do seu Reino e, no futuro, gozar das alegrias eternas.

Assim, não devemos esquecer que a salvação trazida por Cristo nos convida a um compromisso concreto com a prática do bem, da justiça e da fraternidade.

Uma abençoada quinta-feira a todos.


Marineide Alcântara

Ministra da Palavra da Paróquia do Senhor Bom Jesus dos Remédios, em Afogados da Ingazeira.

O Filho do Homem virá quando menos esperarmos

Cor Litúrgica: Verde

29ª Semana do Tempo Comum | Quarta-feira


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 39 “Ficai certos: se o dono da casa soubesse a hora em que o ladrão iria chegar, não deixaria que arrombasse a sua casa. 40 Vós também ficai preparados! Porque o Filho do Homem vai chegar na hora em que menos o esperardes”. 41 Então Pedro disse: “Senhor, tu contas esta parábola para nós ou para todos?” 42 E o Senhor respondeu: “Quem é o administrador fiel e prudente que o senhor vai colocar à frente do pessoal de sua casa para dar comida a todos na hora certa? 43 Feliz o empregado que o patrão, ao chegar, encontrar agindo assim! 44 Em verdade eu vos digo: o senhor lhe confiará a administração de todos os seus bens. 45 Porém, se aquele empregado pensar: ‘Meu patrão está demorando’, e começar a espancar os criados e as criadas, e a comer, a beber e a embriagar-se, 46 o senhor daquele empregado chegará num dia inesperado e numa hora imprevista, ele o partirá ao meio e o fará participar do destino dos infiéis. 47 Aquele empregado que, conhecendo a vontade do senhor, nada preparou, nem agiu conforme a sua vontade, será chicoteado muitas vezes. 48 Porém, o empregado que não conhecia essa vontade e fez coisas que merecem castigo, será chicoteado poucas vezes. A quem muito foi dado, muito será pedido; a quem muito foi confiado, muito mais será exigido!. (Lc 12,39-48).

O Filho do Homem virá quando menos esperarmos… O que essa afirmação provoca em você? Desespero? Deus quer nos pregar uma peça, então virá quando estivermos despreparados! Medo? Angústia? Como estarei quando ele chegar, tenho dúvida se terei dignidade para estar em sua presença. Tranquilidade? Por tentar fazer sempre a vontade de Deus, amparo-se em sua misericórdia, e mesmo quando tropeço, busco reconciliação.

Esse último aspecto nos traz um pouco desse sentido da vigilância. Estar vigilante é buscar sempre estar em contato com Deus, quando o faço, busco me conhecer melhor, reconhecer minhas fraquezas, para tentar, pela misericórdia de Deus, fortalece-la, porque se usar minhas próprias forças, serei sempre vencido. E nos momentos de fraqueza, que cair em pecado, ter a observância de buscar a reconciliação o mais rápido possível e me reestabelecer na comunhão com Deus.

Estar vigilante é reconhecer, pela força de Deus, posso superar minhas fraquezas, porém não as posso ignorar, pois quando o faço, torno-me mais vulnerável.

Outro aspecto a que Jesus nos chama a atenção é sobre a medida de justiça, quanto mais se dá, mais irá se cobrar, portanto devemos ter zelo pelas graças que nos são concedidas e que nos revelam a face do Pai. Num tempo em que o senso de responsabilidade cada dia está mais negligenciado, pode-se chegar ao ponto de recusar de conhecer mais a Deus, para não aumentar sua responsabilidade com o Reino de Deus, porém aquele que é fiel, não consegue se contentar na superficialidade, a necessidade de um maior conhecimento é inevitável, e assim nos tornamos ainda mais responsáveis pela construção e propagação do Reino.

Peçamos a Deus, corações fieis, desejosos de O conhecer e O propagar, que se sentem tão amados, que a retribuição deixa de ser uma obrigação para ser o fortalecimento do elo, transformando-se também em amor.


Alanny Veras

Psicóloga e Membro da Pastoral Litúrgica da Paróquia do Senhor Bom Jesus dos Remédios.

Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade, Senhor!

Cor Litúrgica: Verde

29ª Semana do Tempo Comum | Terça-feira


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Que vossos rins estejam cingidos e as lâmpadas acesas. Sede como homens que estão esperando seu senhor voltar de uma festa de casamento, para lhe abrirem, imediatamente, a porta, logo que ele chegar e bater. Felizes os empregados que o senhor encontrar acordados quando chegar. Em verdade eu vos digo: Ele mesmo vai cingir-se, fazê-los sentar-se à mesa e, passando, os servirá. E caso ele chegue à meia-noite ou às três da madrugada, felizes serão, se assim os encontrar!” 

Estimados leitores, o Evangelho de hoje nos desperta para a consciência que devemos ter do nosso tempo de vida terrena. É importante ficarmos atentos quanto ao nosso tempo presente, que deve ser um tempo útil à nossa caminhada rumo à eternidade.

Devemos aproveitar bem este tempo, pois ele é o único tempo que possuímos, como espaço sagrado que Deus nos concede para construirmos aqui na terra a nossa morada no céu.

O texto vem nos acordar também para uma realidade da qual ninguém pode fugir: a certeza da nossa passagem da vida terrena.

Quanto ao dia e à hora da nossa passagem, Deus preferiu não revelar; só nos deu uma pista: vai acontecer de modo surpreendente, inesperado, o que pode nos deixar apreensivos.

No entanto, para quem vive dentro do plano de Deus, o dia e a hora não importam; o importante é estar o tempo todo em sintonia com Deus, ciente de que há uma vida melhor por vir, uma vida em plenitude, que é a vida eterna.

Jesus ainda lembra sobre a importância de não ficarmos parados; pelo contrário, devemos esperar por esta sua segunda vinda no exercício da nossa missão, no lugar onde fomos plantados por Deus para produzir frutos.

“Que vossos rins estejam cingidos e as lâmpadas acesas.” Estar com os rins cingidos é estar como o próprio Jesus esteve: cingiu-se para lavar os pés dos apóstolos, numa atitude de humildade e de serviço.

E quanto às lâmpadas acesas? Jesus fala da vigilância permanente, dia e noite.

Em Jesus encontramos força e coragem para enfrentar e superar as adversidades da vida. Com Ele, em vez de medo, cultivamos em nossos corações a certeza da vitória.

Tenham todos uma abençoada terça-feira!


Rosa Amélia

Catequista da Paróquia do Senhor Bom Jesus dos Remédios / Afogados da Ingazeira.

Ide, este é o convite do Senhor

Cor Litúrgica: Vermelho

São Lucas, Evangelista | Festa | Sábado


Naquele tempo, 1 o Senhor escolheu outros setenta e dois discípulos e os enviou dois a dois, na sua frente, a toda cidade e lugar aonde ele próprio devia ir. 2 E dizia-lhes: “A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Por isso, pedi ao dono da messe que mande trabalhadores para a colheita. 3 Eis que vos envio como cordeiros para o meio de lobos. 4 Não leveis bolsa, nem sacola, nem sandálias, e não cumprimenteis ninguém pelo caminho! 5 Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: ‘A paz esteja nesta casa!’ 6 Se ali morar um amigo da paz, a vossa paz repousará sobre ele; se não, ela voltará para vós. 7 Permanecei naquela mesma casa, comei e bebei do que tiverem, porque o trabalhador merece o seu salário. Não passeis de casa em casa. 8 Quando entrardes numa cidade e fordes bem recebidos, comei do que vos servirem, 9 curai os doentes que nela houver e dizei ao povo: ‘O Reino de Deus está próximo de vós’ “. (Lc 10,1-9).

Paz e bem, amados irmãos em Cristo!

Jesus envia dois a dois, para nos ensinar que a união em prol de uma causa é essencial; que contar com alguém é alento em meio as adversidades, coragem mesmo querendo fraquejar, é alegria no caminhar.

Os discípulos são instruídos a orar para que o Senhor envie missionários; é pela oração que vem o reforço. Por mais que desejemos juntar pessoas pela causa do Reino, com nossas forças apenas, é inútil. Tudo pode ser mudado pela força da oração, Jesus nos ensinou, e isto revela nossa dependência no seu poder, nossa humildade em reconhecer que Ele é onipotente.

Jesus afirmava que a colheita era grande se referindo aos corações, aos muitos corações que precisavam ser conquistados para o Senhor, que precisavam ouvir falar sobre o amor de Deus. Hoje, mais do que nunca temos necessidade de operários, evangelizadores que amem e deem a vida pelo Reino de Deus, pois somente aqueles que se deixam transbordar em amor serão capazes de levar a mensagem do Deus amor. A boa nova precisa alcançar os quatro cantos da terra, precisa ser propagada a verdade de que o Reino de Deus está próximo, está no meio de nós, começa em nós.

Ele envia os seus discípulos com a mensagem de paz, o compromisso é de paz. Como cordeiros entre lobos são enviados para significar que, mesmo em meio às adversidades, precisariam dar o testemunho de mansidão, de embaixadores da paz. O próprio Cristo nos ensinou que pelos frutos se conhece a arvore, portanto aquele que se diz discípulo de Jesus precisa estar comprometido com a paz, ser mensageiro desta.

O ide não foi apenas para aquele tempo, Jesus continua a chamar pessoas dispostas a lutar por uma causa, a construção da civilização do amor. Na liberdade de filho amado de Deus, deixe-se conduzir pelo Espirito Santo, para que através de você, muitos venham a conhecer e amar Jesus, princípio e razão de tudo.

Um abençoado sábado para você!


Ana Paula

Ministra da Palavra da Paróquia do Senhor Bom Jesus dos Remédios – Afogados da Ingazeira.

Vós sois para mim proteção e refúgio, eu canto bem alto a vossa salvação

Cor Litúrgica: Vermelho

Santo Inácio de Antioquia, bispo e mártir | Memória | Sexta-feira


Naquele tempo, 1 milhares de pessoas se reuniram, a ponto de uns pisarem os outros. Jesus começou a falar, primeiro a seus discípulos: “Tomai cuidado com o fermento dos fariseus, que é a hipocrisia. 2 Não há nada de escondido, que não venha a ser revelado, e não há nada de oculto que não venha a ser conhecido. 3 Portanto, tudo o que tiverdes dito na escuridão, será ouvido à luz do dia; e o que tiverdes pronunciado ao pé do ouvido, no quarto, será proclamado sobre os telhados. 4 Pois bem, meus amigos, eu vos digo: não tenhais medo daqueles que matam o corpo, não podendo fazer mais do que isto. 5 Vou mostrar-vos a quem deveis temer: temei aquele que, depois de tirar a vida, tem o poder de lançar-vos no inferno. Sim, eu vos digo, a este temei. 6 Não se vendem cinco pardais por uma pequena quantia? No entanto, nenhum deles é esquecido por Deus. 7 Até mesmo os cabelos de vossa cabeça estão todos contados. Não tenhais medo! Vós valeis mais do que muitos pardais”. (Lc 12,1-7).

Amados irmãos e irmãs,
que a paz do Senhor e o amor de Maria estejam com todos vocês.

Ao alertar contra a hipocrisia dos fariseus, Jesus nos convida a não temer o testemunho do compromisso com o Messias dos pobres, em toda e qualquer ocasião.

Nem mesmo a morte — que pode alcançar o discípulo por causa do seu testemunho — deve ser motivo de medo, pois Deus é o Senhor da vida.

Quem se compromete com Jesus tem a certeza de que sua missão é conduzida pelo Espírito Santo. Por isso, não deve recuar diante das difamações e hostilidades, nem recorrer aos mesmos meios usados pelos opositores.

Tenham todos uma abençoada sexta-feira!


Mauricéia Araújo

Ministra da Eucaristia da Paróquia do Senhor Bom Jesus dos Remédios / Afogados da Ingazeira.

Jesus nos ensinou a tirar primeiro as traves dos nossos olhos

Cor Litúrgica: Verde

28ª Semana do Tempo Comum | Quinta-feira


Naquele tempo, disse o Senhor: “Ai de vós, porque construís os túmulos dos profetas; no entanto, foram vossos pais que os mataram. Com isso, vós sois testemunhas e aprovais as obras de vossos pais, pois eles mataram os profetas e vós construís os túmulos. É por isso que a sabedoria de Deus afirmou: Eu lhes enviarei profetas e apóstolos, e eles matarão e perseguirão alguns deles, a fim de que se peçam contas a esta geração do sangue de todos os profetas, derramado desde a criação do mundo, desde o sangue de Abel até o sangue de Zacarias, que foi morto entre o altar e o santuário. Sim, eu vos digo: serão pedidas contas disso a esta geração. Ai de vós, mestres da Lei, porque tomastes a chave da ciência. Vós mesmos não entrastes, e ainda impedistes os que queriam entrar”. Quando Jesus saiu daí, os mestres da Lei e os fariseus começaram a tratá-lo mal, e a provocá-lo sobre muitos pontos. Armavam ciladas, para pegá-lo de surpresa, por qualquer palavra que saísse de sua boca. (Lc 11,47-54)

Amados irmãos e irmãs,

No evangelho de hoje, Jesus se dirige aos mestres da lei, dizendo-lhes: “Ai de vós”. Eles fazem de sua intelectualidade e conhecimento da lei uma oportunidade para mostrarem seu autoritarismo. Os doutores da lei, além de não atingirem a salvação, não se tornaram modelos de salvação para outras pessoas. Por isso, eles queriam atingir Jesus, porque Ele era a verdade, o amor, e isso incomodava muito, fazendo com que eles armassem ciladas para pegar Jesus.

Por isso, devemos pedir a Deus para nos conceder a graça da humildade, para enxergarmos o próximo com clareza, sem maldade, egoísmo. Quando não paramos para ouvir o outro por vaidade, Jesus fica triste com nossa cegueira, nosso distanciamento dos seus ensinamentos. Muitas vezes agimos como eles, vemos as coisas e fingimos que não vemos, e construímos uma fé de aparência, onde só se enxergam os defeitos dos outros, sem enxergarmos as nossas falhas.

Jesus nos ensinou a tirar primeiro as traves dos nossos olhos, remover nossas próprias falhas e tentar ajudar o próximo. Porque o próprio Jesus diz: “Eu vim para servir, não para ser julgado, e não para julgar alguém”.

Tenhamos todos uma abençoada quinta-feira. Um abraço.


Marineide Alcântara

Ministra da Palavra da Paróquia do Senhor Bom Jesus dos Remédios, em Afogados da Ingazeira.

A Palavra de Deus é o grande sinal para nós

Cor Litúrgica: Verde

28ª Semana do Tempo Comum | Segunda-feira


Naquele tempo, 29 quando as multidões se reuniram em grande quantidade, Jesus começou a dizer: “Esta geração é uma geração má. Ela busca um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, a não ser o sinal de Jonas. 30 Com efeito, assim como Jonas foi um sinal para os ninivitas, assim também será o Filho do Homem para esta geração. 31 No dia do julgamento, a rainha do Sul se levantará juntamente com os homens desta geração, e os condenará. Porque ela veio de uma terra distante para ouvir a sabedoria de Salomão. E aqui está quem é maior do que Salomão. 32 No dia do julgamento, os ninivitas se levantarão juntamente com esta geração e a condenarão. Porque eles se converteram quando ouviram a pregação de Jonas. E aqui está quem é maior do que Jonas”. (Lc 11,29-32).

Meu irmão, minha irmã: louvado seja Deus!

A Palavra que hoje nos é dirigida apresenta Jesus como o grande sinal do Pai para toda a humanidade.
Ele é a revelação viva do amor misericordioso de Deus por nós. Está acima de Jonas, de Salomão e de todos os que O precederam, porque veio ao mundo com uma missão única: salvar o ser humano da destruição causada pelo pecado. Por isso, Ele é o verdadeiro sinal de Deus em nosso meio.

Jesus é a Palavra que se fez carne, veio habitar entre nós e nos ensinar o caminho da graça, aquele que nos foi prometido quando perdemos nossa comunhão com o Criador.
Entretanto, muitas vezes, somos incrédulos e frágeis na fé, e por isso deixamos escapar as bênçãos que o Senhor nos preparou.

Assim como a geração que conviveu com Jesus, também nós ainda não reconhecemos plenamente que Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida. Continuamos pedindo sinais para acreditar, quando o maior de todos os sinais já está diante de nós: o próprio Cristo.

Fazemos parte de uma geração que, mesmo tendo Jesus como sinal do Pai, ainda busca outras provas para crer na misericórdia divina.

É necessário compreender que Jesus é o grande sinal de Deus entre nós, e que nossa geração é mais abençoada que a dos ninivitas e da rainha do Sul: eles se converteram apenas com a pregação de Jonas e de Salomão, enquanto nós temos a graça de conhecer e seguir o próprio Cristo, Mestre e Redentor.

Sua Palavra nos conforta, orienta e fortalece na certeza do perdão do Pai, que nos acolhe com amor e misericórdia, apesar das nossas fraquezas.

Jesus é o nosso Salvador, o Pão da Vida.


Fátima Oliveira

Ministra da Palavra da Paróquia do Senhor Bom Jesus dos Remédios – Afogados da Ingazeira.

Fazei tudo o que Ele vos disser

Cor Litúrgica: Branco

Bem-aventurada Virgem Maria da Conceição Aparecida, Solenidade | Domingo


Naquele tempo, houve um casamento em Caná da Galileia. A mãe de Jesus estava presente. Também Jesus e seus discípulos tinham sido convidados para o casamento. Como o vinho veio a faltar, a mãe de Jesus lhe disse: “Eles não têm mais vinho”. Jesus respondeu-lhe: “Mulher, por que dizes isto a mim? Minha hora ainda não chegou.” Sua mãe disse aos que estavam servindo: “Fazei o que ele vos disser”. Estavam seis talhas de pedra colocadas aí para a purificação que os judeus costumam fazer. Em cada uma delas cabiam mais ou menos cem litros. Jesus disse aos que estavam servindo: “Enchei as talhas de água”. Encheram-nas até a boca. Jesus disse: “Agora tirai e levai ao mestre-sala”. E eles levaram. O mestre-sala experimentou a água, que se tinha transformado em vinho. Ele não sabia de onde vinha, mas os que estavam servindo sabiam, pois eram eles que tinham tirado a água. O mestre-sala chamou então o noivo e lhe disse: “Todo mundo serve primeiro o vinho melhor e, quando os convidados já estão embriagados, serve o vinho menos bom. Mas tu guardaste o vinho melhor até agora!” Este foi o início dos sinais de Jesus. Ele o realizou em Caná da Galileia e manifestou a sua glória, e seus discípulos creram nele. (Jo 2,1-11 – Bodas de Caná)

Estimados leitores, neste domingo dia do Senhor, celebramos a solenidade da Bem-aventurada Virgem Maria da Conceição Aparecida, e também o dia das crianças. Queria abrir um parêntese para falar do dia da criança. É claro que a vida continua e as outras crianças inocentes precisam celebrar seu dia. É a vida. Mas, como celebrar o “Dia das Crianças” amanhã dia 12, se no último dia 06, choramos a ausência de uma? Como comemorar quando falta um sorriso que fazia tudo brilhar? Nossa Senhora Aparecida a santa padroeira e protetora do Brasil, quando celebramos seu dia, interceda a Jesus seu Filho, o conforto para os familiares ilutados pelas mortes dos santos inocentes.

No evangelho de hoje, vemos a significante participação de Maria num dos primeiros milagres realizado por Jesus. Tudo acontece numa festa de casamento em que Jesus e Maria estão presentes. O relato nos leva a crer, que os donos da festa eram pobres, do contrário, não iria faltar vinho. Tudo indica, que Jesus e Maria, eram amigos íntimos da família e que estavam ajudando na recepção. Maria, sempre atenta a todos os detalhes, percebe de imediata a falta do vinho, ao invés de levar o fato ao conhecimento do mestre sala, ela não hesita, vai direto à fonte que é Jesus, sabendo que dEle viria a solução.
“Eles não têm mais vinho. Jesus respondeu-lhe: Mulher, por que dizes isto a mim? Minha hora ainda não chegou.” Com esta atitude de mãe, que quer proteger seus filhos, Maria evita um vexame para os donos da festa, já que o vinho, naquela época, era considerado um símbolo de alegria, a bebida que não podia faltar numa festa.

Ao aproximar-se de Jesus, Maria não lhe pede nada, simplesmente apresenta a Ele o problema: “Eles não têm mais vinho”! Foi uma plena afirmação da sua fé no poder do seu filho Jesus. Ela estava segura, sabia que Jesus agiria em favor dos donos da festa. Sua confiança era tão grande, que mesmo sem ter uma resposta afirmativa de Jesus, ela dirigir-se aos serventes e diz: “Fazei tudo que Ele vos disser”. E o milagre acontece: Jesus transforma a água em vinho.

Maria não é simplesmente uma figura histórica, e sim, um exemplo de Mulher atenta, atuante, solidária diante às necessidades dos seus filhos. Como Mãe, ela é nossa intercessora, levando a Jesus todas as nossas súplicas.

Deus escolheu Maria, uma mulher simples que vivia no meio dos pobres, para reacender a chama do amor no coração da humanidade. Somos eternos aprendizes de Maria, com ela aprendemos a ser mais solidários, a ter um olhar de misericórdia para com os irmãos, a dar passos ao encontro do outro, a buscar o seu filho Jesus.

Com o coração tomado de alegria, celebramos a festa da nossa Padroeira do nosso Brasil. E somos convidados a reverenciar Maria no seu título de Nossa Senhora Aparecida. Maria é a voz que grita em defesa dos pobres, dos aflitos, de todos aqueles que buscam nela, a força, a coragem para lutar e vencer os problemas. O exemplo de Maria, deve nos manter firmes na fé, diante dos impetuosos ventos contrários que passam pela nossa vida. Salve, salve, Nossa Senhora Aparecida e viva as crianças!

Tenham todos um abençoado domingo!


Rosa Amélia

Catequista da Paróquia do Senhor Bom Jesus dos Remédios / Afogados da Ingazeira.