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Procura por vacina contra Covid para bebês é baixa em Pernambuco: apenas 1,3% recebeu a 1ª dose

Pouco mais de 4 mil crianças de 6 meses a 2 anos receberam a primeira dose da vacina contra a Covid-19 em Pernambuco desde que a imunização para essa faixa etária foi aprovada, em 10 de novembro. O índice corresponde a apenas 1,29% da população, estimada em 330.427, segundo o Governo do Estado.

Logo após a autorização da vacinação de bebês, Pernambuco recebeu um lote com 47 mil vacinas Pfizer Baby – a única aprovada para aplicação nesse público. Ou seja, com 4.254 aplicações até aqui, sequer 10% das doses foram administradas pelos municípios.

Vale lembrar que, inicialmente, apenas os bebês de 6 meses a 2 anos com comorbidades podiam tomar a vacina, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE). No entanto, o público foi ampliado para bebês de 6 meses a 11 meses sem comorbidades.

Entre as comorbidades elencadas pelo Ministério da Saúde para a vacinação estão: diabetes, hipertensão arterial e pulmonar, doenças cardiovasculares, doenças neurológicas crônicas, doença renal, imunocomprometidos, obesidade (IMC >40), síndrome de Down, hemoglobinopatias graves e cirrose hepática.

“Precisamos chamar atenção dos pais e responsáveis destes pequenos para a importância da vacinação. Eles estão perdendo a oportunidade de proteger seus bebês contra formas graves da doença”, afirmou o secretário estadual de Saúde, André Longo, na última atualização de calendário feita pelo Estado.

A imunização é administrada em três doses, sendo as duas primeiras com intervalo de 21 dias, seguidas por uma terceira dose que deve ser administrada pelo menos oito semanas após a segunda dose. A Pfizer Baby possui um frasco com a tampa na cor vinho e é diferente dos demais imunizantes do laboratório.

A SES-PE reconhece a “baixa procura” pelo imunizante, apesar do histórico de altos índices de cobertura entre o público pediátrico em outras campanhas de imunização.

Militares esperam ordem de Lula para acabar com atos em quartéis

Os comandantes de unidades militares sitiadas por manifestantes bolsonaristas contrários à eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já se preparam para dispersar os atos em frente a quartéis pelo país assim que o novo presidente assumir o cargo, em 1º de janeiro.

Essa é a expectativa sinalizada por seus superiores, que estão em contato com o futuro ministro da Defesa, José Múcio Monteiro. Os episódios de violência ocorridos na capital na segunda (12), após a diplomação de Lula como mandatário máximo pela primeira vez, consolidaram essa percepção.

O petista queixou-se na terça (13) de que o presidente Jair Bolsonaro (PL) está incitando “fascistas” a promover vandalismo. O futuro presidente não transmitiu tal ordem para os novos comandantes das Forças Armadas, mas segundo o jornal O Estado de S. Paulo, comentou que o fará em uma reunião com políticos do Avante.

Seja como for, alguma ordem nesse sentido é dada como certa. Há um certo desconforto entre os militares, dado que os três comandantes ainda no cargo assinaram nota logo após a eleição dizendo que os atos eram legítimos e insinuando críticas ao que consideram perseguição do Judiciário contra bolsonaristas.

Os manifestantes restantes que estão na frente do quartel-general do Exército na capital ou que frequentam a rua de acesso ao Comando Militar do Sudeste, em São Paulo, estão sob jurisdição dos fardados. Como são áreas militares, a segurança é feita pela PE (Polícia do Exército). Mesmo que quisessem, os governadores de estado só poderiam enviar a Polícia Militar para dispersar os atos se houvesse uma requisição do Exército.
fonte estado de Minas

Defesa Civil: 2022 positivo e alerta para 2023

A Defesa Civil de Afogados da Ingazeira fecha 2022 com um balanço positivo e o alerta ligado pelas previsões meteorológicas para 2023. Esta semana o município recebeu mais uma visita técnica da Coordenadoria de Defesa Civil do Estado – Codecipe e o resultado foi o reconhecimento do êxito dos trabalhos em 2022.
“Como em todas a visitas ao longo do ano, tivemos nosso trabalho elogiado. Concluímos nossos planos de contingência de incêndio e da Barragem de Brotas e renovamos o plano de ocorrências diversas”, explica o coordenador de Defesa Civil de Afogados da Ingazeira, Fernando Moraes. “Este trabalho junto a várias outras ações mereceram a declaração dos técnicos da Codecipe de que estamos muito bem no cenário dos municípios de Pernambuco”.

Os planos de contingência são espécies de guias de prevenção e de atuação em casos de ocorrências como incêndios, alagamentos e acidentes de grandes proporções. Define ações integradas entre órgãos do município, da sociedade civil e do Estado, a exemplo do Corpo de Bombeiros, polícias e sistema de justiça.
A concentração agora é no alerta emitido pela Operação Inverno 2023, do Governo do Estado. “Temos uma previsão de chuvas para o sertão muito acima de média nos meses de janeiro a março. Como temos o levantamento de todos os pontos críticos e de risco no município, o foco agora é no trabalho preventivo”, aponta Fernando Moraes. “Para tanto pedimos muito o apoio da população, uma vez que um dos graves problemas é a obstrução de córregos e esgotos pela colocação incorreta de lixo e entulho.”

Milton Coelho é o responsável por superfaturamento na construção da Arena Pernambuco

A Segunda Câmara do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco responsabilizou por unanimidade o deputado federal Milton Coelho (PSB-PE) e o ex-gerente da Unidade Operacional de Coordenação de Parcerias Público-Privadas Silvio Roberto Caldas Bompastor por um suposto superfaturamento de R$ 81,3 milhões nas obras de construção da Arena de Pernambuco, no Grande Recife.

Localizado em São Lourenço da Mata, o estádio foi 1 das 12 sedes da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Atualmente, recebe jogos esporádicos dos três principais clubes de futebol de Pernambuco.

As responsabilizações constam em acórdão do julgamento sobre o suposto superfaturamento. O conteúdo foi publicado no Diário Oficial do TCE-PE no dia 5 de dezembro. As decisões foram tomadas por unanimidade pela Segunda Câmara, formada por três conselheiros, Dirceu Rodolfo, Carlos Neves e Carlos Porto.

Procurado pela Folha, Bompastor disse que não vai se manifestar sobre o assunto.

Em nota, Coelho disse que irá recorrer da decisão da Segunda Câmara do TCE-PE. “[No recurso,] ficará demonstrada a impropriedade da decisão.”

A corte de contas deliberou sobre o assunto em dezembro de 2019, mas, na ocasião, o voto do relator, conselheiro Dirceu Rodolfo, não foi disponibilizado.

Em 2019, o julgamento foi a portas fechadas, com apenas os advogados habilitados. O TCE-PE alegou, à época, que a medida atendeu a uma determinação do STF (Supremo Tribunal Federal), porque algumas peças compartilhadas nos autos dos processos corriam em segredo de Justiça.

A decisão responsabilizou o atual deputado federal Milton Coelho “por ter concorrido, culposamente, para o superfaturamento de R$ 81.306.446,60 (data-base maio de 2009) na obra de construção da Arena”.

Para o TCE-PE, na condição de então secretário de Governo e presidente do comitê gestor “no período da execução da obra de construção da Arena Pernambuco, [Milton Coelho] omitiu-se em fornecer à auditoria deste Tribunal o adequado projeto executivo da referida obra, acompanhado do indispensável orçamento analítico de custos”.

Coelho é auditor concursado do próprio Tribunal de Contas do Estado. Além de deputado federal, já foi vice-prefeito do Recife, entre 2009 e 2012, presidente estadual do PSB e chefe de gabinete do governador Paulo Câmara (PSB). O parlamentar não conseguiu se reeleger em 2022. Ele integra a equipe de transição do governo presidente eleito Lula (PT), atualmente.

Em 2016, o Governo de Pernambuco rompeu a parceria com a construtora Odebrecht para a concessão da arena.

O TCE, no voto, revela várias supostas irregularidades no contrato, assinado pelo então governador Eduardo Campos (1965-2014). Segundo a decisão, o superfaturamento do contrato teria ficado em R$ 128.574.828,79, tendo maio de 2016 como data-base para cálculo.

O voto diz que houve “fragilidades e inconsistências nos estudos de viabilidade e projeto básico da PPP da Cidade Copa, identificáveis no parecer contratado pela Secretaria de Planejamento e Gestão do Estado junto à empresa de consultoria Guimarães Ferreira Consultores, negligenciadas pela Unidade Operacional de Coordenação de Parcerias Público-Privadas – Unidade PPP”.

Também aponta “a imprecisão e insegurança dos estudos de demandas e receitas, integrantes dos estudos de viabilidade da PPP da Cidade da Copa, os quais se respaldaram em informações mercadológicas potencialmente inverossímeis, que acenavam para o alto risco de superestimativa dos valores projetados”.

O voto do TCE diz que, no momento em que o Governo de Pernambuco rompeu a parceria com a Odebrecht, o estado de Pernambuco ainda devia para a construtora a quantia de R$ 12 milhões.

“Ainda assim, resultou em saldo contratual favorável à Concessionária no valor de R$ 12.458.860,72 (data-base maio/2016)”, diz o conselheiro Dirceu Rodolfo, em seu voto.

O relator também determinou que o processo seja encaminhado ao Ministério Público Federal, ao Ministério Público de Pernambuco, à Superintendência da Polícia Federal em Pernambuco e ao Centro de Arbitragem e Mediação da Câmara de Comércio Brasil-Canadá, para conhecimento e a adoção das providências.

O Centro de Arbitragem e Mediação da Câmara de Comércio Brasil-Canadá foi o tribunal privado arbitral escolhido pelo Governo de Pernambuco e pela Odebrecht durante a assinatura do contrato de construção do estádio para julgar eventuais impasses.

Caso haja recurso e a decisão seja confirmada ao final pelo TCE-PE, os responsabilizados podem ser alvos, posteriormente, de ação civil pública por parte do Ministério Público.

Em 2015, a Polícia Federal realizou a Operação Fair Play (jogo limpo, em português), que fez apurações sobre a construção da Arena de Pernambuco. Posteriormente, o caso saiu da esfera federal e foi enviado à Justiça Estadual de Pernambuco, onde os autos estão atualmente.

OUTRO LADO

Procurado pela Folha, o ex-gerente da Unidade Operacional de Coordenação de Parcerias Público-Privadas Silvio Roberto Caldas Bompastor disse que não vai se manifestar sobre o assunto.

Em nota, o deputado Milton Coelho disse que irá recorrer da decisão da Segunda Câmara do TCE-PE. “[No recurso,] ficará demonstrada a impropriedade da decisão posto que, se houve superfaturamento no contrato, o que não há comprovação, eu jamais concorri para isso direta ou indiretamente, uma vez que quando ocorreu a licitação, a contratação e o início da execução da obra eu exercia o cargo de vice-prefeito do Recife, portanto, sem qualquer vinculação ao contrato, e só assumi a presidência do Comitê Gestor de PPP faltando 4 (quatro) meses para conclusão das obras de construção da Arena”.

“Nesse curto período não houve reajuste ou oneração contratual sob qualquer fundamento. Portanto, há evidente equívoco na decisão. Ressalto que em nenhum momento me neguei a prestar esclarecimentos ou apresentar documentos que estivessem em poder do Comitê Gestor, no curto espaço de tempo em que fui presidente, função que assumi por ser Secretário de Governo”, acrescentou o deputado.

Sobre os quase três anos para a publicação do acórdão, o TCE-PE disse, em nota, que “os respectivos voto e acórdãos possuem um alto grau de complexidade e extensão, em razão dos muitos processos que envolveu”.

“Após o julgamento, em janeiro de 2020, o relator, conselheiro Dirceu Rodolfo de Melo Júnior, assumiu a presidência do TCE e, logo na sequência, veio a pandemia, o que paralisou a tramitação dos processos, tendo em vista o período de isolamento que se seguiu, impossibilitado os trâmites para publicação do referido acórdão”, disse o TCE.

O tribunal também alegou que foram necessários a digitalização de documentos e o resgate de áudios e notas taquigráficas da sessão de julgamento. Além disso, justificou que houve “o tratamento das informações compartilhadas pelo STF, que estão sob sigilo, e que demandou um trabalho criterioso, incluindo a implantação de um procedimento para garantir o acesso dos dados a um grupo restrito de servidores”.

As informações são do Blog de Nill Júnior.

Posse de Lula já tem 17 chefes de Estado com presença confirmada

Em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (14), o embaixador do Brasil nos Emirados Árabes Unidos, Fernando Igreja, afirmou que a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já tem presença confirmada por parte de 17 chefes de Estado do mundo todo.

O convite foi enviado para todos os representantes de nações que mantêm relação diplomática com o Brasil –cerca de 190 países. Até agora, os confirmados são os presidentes da Alemanha, Angola, Argentina, Bolívia, Cabo Verde, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Guiné Bissau, Paraguai, Portugal, Suriname, Timor Leste Uruguai e Zimbábue, além do rei da Espanha.

Segundo disse o embaixador em coletiva, com a presença das 17 autoridades em Brasília, essa “será a posse com maior número de chefes de Estado”.

O evento ocorrerá no dia 1º de janeiro de 2023 e já tem presença de artistas confirmados também. Além da cerimônia oficial, ocorrerão shows musicais no dia. A futura primeira dama, Rosângela da Silva, a Janja, está encarregada da administração do evento, que recebeu o nome de “Festival do Futuro”.

PF faz operação contra bolsonaristas suspeitos de organizar atos antidemocráticos

A Polícia Federal cumpre nesta quinta-feira (15) 81 mandados de busca e apreensão contra apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) suspeitos de organizar atos antidemocráticos.

A operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e é relacionada à investigação sobre atos antidemocráticos contra o resultado das eleições.

A TV Globo apurou que o número de mandados pode passar de 100. Também foram autorizados mandados de prisão. Além disso, há ordens de:

bloqueio de contas de investigados;
quebra do sigilo bancário de investigados.

Em nota (leia a íntegra mais abaixo), a PF informou que a operação foi deflagrada em razão dos bloqueios ilegais em rodovias contra o resultado das eleições.

“A Polícia Federal cumpre, nesta quinta-feira (15/12), 81 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, em apuração que tramita na Corte acerca dos bloqueios de rodovias após a proclamação do resultado das Eleições Gerais de 2022”, informou a PF.

Inflação desacelera em novembro em todas as faixas de renda, diz Ipea

Levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado nesta quarta-feira (14), mostra que a inflação de novembro ficou abaixo da registrada em outubro para todas as faixas de renda. Os dados mostram que as maiores pressões inflacionárias foram provocadas por três grupos: alimentos e bebidas, transportes e habitação.

O Indicador Ipea de Inflação por faixa de renda é divulgado mensalmente. O levantamento considera seis categorias de renda domiciliar: muito baixa (menor que R$ 1.726,01), baixa (entre R$ 1.726,01 e R$ 2.589,02), média-baixa (entre R$ 2.589,02 e R$ 4.315,04), média (entre R$ 4.315,04 e R$ 8.630,07), média-alta (entre R$ 8.630,07 e R$ 17.260,14) e alta (maior que R$ 17.260,14).

Em novembro, as menores variações foram registradas para as famílias de renda alta (0,27%) e de renda muito baixa (0,33%). Em outubro, nas mesmas faixas, a inflação havia sido respectivamente de 1,14% e 0,51%.

Já as maiores variações foram observadas nas classes de renda média-alta (0,49%) e de renda média (0,46%). No entanto, mesmo nessas faixas, a inflação foi maior no mês de outubro, registrando respectivamente 0,64% e 0,61%.

No acumulado do ano, a menor variação é de 4,87% para as famílias de renda média-baixa. Já a maior, de 6,27%, foi observada para as famílias de renda alta. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e usado como índice oficial da inflação no país, registra uma variação de 5,13% desde o início do ano.

Alimentos e bebidas
No mês de novembro, os alimentos e bebidas pressionaram a inflação para todas as seis categorias. Além disso, com o reajuste dos aluguéis e das tarifas de energia elétrica, a habitação teve significativa influência na variação para as famílias de renda muito baixa. Para as quatro faixas de renda intermediárias, houve impacto do custo do transporte, que está associado à alta dos combustíveis. Já as famílias de renda mais alta foram pressionados pelos preços relacionados à saúde, envolvendo sobretudo aumentos nas mensalidades dos planos.

O levantamento também mostra que, entre os alimentos e bebidas, as altas mais relevantes foram registradas entre tubérculos (10,1%), cereais (0,97%), frutas (2,9%), farináceos (1,1%) e panificados (0,73%). De outro lado, houve queda nos preços dos leites e derivados (-3,3%) e das aves e ovos (-0,51%).

Governo do Peru decreta estado de emergência nacional e propõe eleições para 2023

O novo governo peruano decretou, nesta quarta-feira (14), estado de emergência em todo país por 30 dias para conter as violentas manifestações que exigem eleições gerais imediatas e a libertação do presidente deposto Pedro Castillo, após seu autogolpe fracassado. Governo também propôs a antecipação das eleições para 2023,

“Acordou-se decretar estado de emergência em todo o país devido aos atos de vandalismo e violentos, ao bloqueio de estradas e vias”, anunciou o ministro da Defesa, Alberto Otárola, ressaltando que a polícia e as Forças Armadas controlam a situação.

Os protestos e tomadas de aeroportos e estradas deixaram sete mortos e cerca de 200 feridos em uma semana, segundo a Defensoria do Povo.

Dina Boluarte, que até uma semana atrás era vice-presidente, assumiu o cargo de chefe de Estado após o autogolpe fracassado de Castillo e sua subsequente destituição e prisão na quarta-feira passada.

Inicialmente, Dina declarou que governaria até o fim do mandato de Castillo, em julho de 2026, como prevê a Constituição. Mas uma onda de manifestações exigindo a libertação do ex-presidente e eleições imediatas a levaram a propor a antecipação das eleições, primeiramente para abril de 2024 e depois para dezembro de 2023.

“Legalmente, os tempos caberiam para abril de 2024, mas, fazendo reajustes ontem, conversando, estes podem ser antecipados para dezembro de 2023”, disse Dina nesta quarta-feira.

O Congresso se reunirá em plenário quinta-feira (15) para discutir essa proposta.

Castillo segue preso
A Promotoria, que acusa Castillo, 53, um professor rural esquerdista, de “rebelião” e “conspiração”, pretende mantê-lo em prisão preventiva por 18 meses.

O juiz que deveria tratar o pedido, Juan Checkley, remarcou a audiência para as 8h30 locais de amanhã, após aceitar os argumentos da defesa, que se queixa de não ter recebido todos os documentos do caso.

O magistrado disse que Castillo continuará detido por mais 48 horas, apesar de ter expirado hoje o prazo de sete dias de detenção imposto por um juiz, após sua tentativa de dissolver o Congresso e governar por decreto.

Castillo se recusou a participar da audiência virtual. “Já chega! Os abusos, humilhações e maus-tratos continuam. Hoje voltam a restringir minha liberdade com 18 meses de prisão preventiva. Peço à @CIDH que interceda pelos meus direitos e pelos direitos dos meus irmãos peruanos que clamam por justiça”, tuitou.

“Responsabilizo juízes e promotores pelo que acontece no país. Milhões de agradecimentos aos meus compatriotas por seu carinho e apoio. Só o povo salva o povo”, acrescentou.

Outro tribunal rejeitou nesta terça-feira um recurso de Castillo para recuperar sua liberdade. Alegou-se que há risco de fuga, já que o ex-presidente tentou chegar à embaixada mexicana para pedir asilo, após ser destituído pelo Congresso.

O ex-presidente permanece detido em uma delegacia de polícia em Lima, diante da qual centenas de seus partidários se aglomeram há vários dias.

“Vamos ficar aqui até que nosso presidente saia e volte para a cadeira presidencial no palácio do governo”, disse à AFP Roxana Figueroa, uma assistente social de 59 anos.

Militares nas ruas
Várias estradas permaneciam bloqueadas hoje em 14 das 24 regiões do país, segundo a polícia.

Em Cusco, centenas de manifestantes foram dispersados com gás lacrimogêneo perto do aeroporto, que permanece fechado. Centenas de passageiros ficaram bloqueados.

Em Machu Picchu Pueblo, 780 turistas de diferentes nacionalidades também estão bloqueados, devido à suspensão do serviço ferroviário há dois dias.

Em Arequipa, segunda maior cidade do país, militares vigiavam as áreas públicas e o aeroporto internacional. Já em Puno, autoridades fecharam o aeroporto e o sindicato de transporte paralisou suas atividades e somou-se aos protestos.

Em Apurimac, cidade natal da presidente, houve passeatas contra a violência de policiais e manifestantes.

“É uma situação de convulsão social muito séria. Tememos que isso leve a um motim, porque existem pessoas chamando à insurgência, pedindo para pegar em armas”, disse à AFP a defensora do Povo, Eliana Revollar.

Sindicatos agrários e indígenas iniciaram na terça-feira uma “paralisação por tempo indeterminado” para exigir eleições gerais.

Antes de seu autogolpe fracassado, o Ministério Público já investigava Castillo por liderar “uma organização criminosa” que beneficiava familiares e amigos.

Brasil registra 261 novas vítimas de Covid; média de mortes é a mais alta desde setembro

O Brasil registrou 261 novas mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas, nesta quarta-feira (14), chegando a 691.435 desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de mortes nos últimos 7 dias é de 114, com variação de 33% em relação aos últimos 7 dias, tendência de alta pelo 24º dia seguido.

É a maior média registrada desde o dia 4 de setembro, quando foi registrada média de 126 óbitos diários.

Brasil, 14 de dezembro
Total de mortes: 691.435
Registro de mortes em 24 horas: 261
Média de mortes nos últimos 7 dias: 114 (variação em 14 dias: +33%)
Total de casos conhecidos confirmados: 35.761.481
Registro de casos conhecidos confirmados em 24 horas: 47.230
Média de novos casos nos últimos 7 dias: 33.124 (variação em 14 dias: +22%)

No total, o país registrou 47.230 novos diagnósticos de Covid-19 em 24 horas, completando 35.761.481 casos conhecidos desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de casos nos últimos 7 dias foi de 33.124, e a variação foi de 22% em relação a duas semanas antes.

Em seu pior momento, a média móvel superou a marca de 188 mil casos conhecidos diários, no dia 31 de janeiro deste ano.

Subindo (10 estados): RN, MT, MG, AL, SE, BA, PR, RS, SP, MA
Em estabilidade (6 estados e o DF): SC, RR, ES, DF, AP, CE, GO
Em queda (4 estados): PA, AC, PB, AM
Não divulgou até 20h (6 estados): MS, PE, PI, RJ, RO e TO

Os números estão no novo levantamento do consórcio de veículos de imprensa sobre a situação da pandemia de coronavírus no Brasil, consolidados às 20h. O balanço é feito a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde.

Ladrão vestindo apenas calcinha furta escola no DF

Um homem foi flagrado por câmeras de seguranças furtando uma escola vestindo apenas uma calcinha. O fato ocorreu em uma escola particular do Lago Norte, em Brasília.

O ladrão foi preso em flagrante na manhã de terça-feira (13). De acordo com a 9ª Delegacia de Polícia Civil, ele entrou na escola duas vezes: uma no sábado à noite (10) e outra na segunda-feira (12).

Durante o primeiro furto, ele levou torneiras dos banheiros e sifões. No segundo, levou uma escada.

O furto das torneiras e sifões causou vazamento de água e deixou o reservatório da escola completamente vazio. Além disso, o prédio ficou alagado.

Segundo a PCDF, o homem tem 40 anos e pulou um muro para invadir a escola. Ele não informou o motivo de ter tirado as roupas.

Nas imagens da câmera de segurança, é possível ver o momento em que o ladrão saiu de uma sala no interior da escola com uma sacola em mãos.

As torneiras da escola foram recuperadas. O homem vai responder por furto qualificado.

Rosa Weber vota para considerar o orçamento secreto inconstitucional: ‘Viola o princípio republicano’

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, votou nesta quarta-feira (14) para considerar o orçamento secreto inconstitucional.

Para ela, o pagamento das emendas parlamentares de relator, nome técnico do orçamento secreto, é “recoberto por um manto de névoas”.

“O modelo em prática viola o princípio republicano e transgride os postulados informadores do regime de transparência dos recursos financeiros do estado”, afirmou.

Rosa Weber é relatora de ações que contestam a regularidade dessas emendas, criadas em 2019.

O orçamento secreto deu ao relator do Orçamento da União o poder de distribuir quantias bilionárias em emendas parlamentares. As ações que contestam o mecanismo dizem que falta transparência e critérios claros de distribuição (veja mais abaixo).

Rosa Weber foi a primeira e a única a votar até agora. A sessão desta quarta foi encerrada, e o julgamento deve ser retomado nesta quinta (15), com os votos dos demais ministros.

O que diz o voto da ministra, em seu voto, Rosa Weber:

declarou incompatíveis com a Constituição as práticas do orçamento secreto

determinou a publicação de informações sobre serviços, obras e compras realizadas com as verbas do orçamento secreto. Também ordenou que sejam identificados quem pediu as emendas e quem foi beneficiado. Tudo isso no prazo de 90 dias.

Em 2021, a ministra chegou a suspender os pagamentos, que voltaram a ser permitidos depois que o Congresso fez modificações no mecanismo. Depois disso, o orçamento secreto voltou a ser questionado na Justiça.

No voto desta quarta, a ministra considerou que as mudanças promovidas pelo Congresso não garantiram transparência às emendas.

“Não foram cumpridas as determinações emanadas desta Corte”, afirmou Rosa Weber.

Argumentos da ministra
Em seu voto, que durou toda a tarde, Rosa Weber listou uma série de argumentos contra o orçamento secreto.

Falta de transparência
“Não se sabe quem são os parlamentares integrantes do grupo privilegiado, não se conhecem as quantias administradas individualmente, não existem critérios objetivos e claros para a realização das despesas, tampouco observam-se regras de transparência na sua execução.”

Destinação pouco clara dos recursos
Para Rosa Weber, a indicação de onde os recursos serão aplicados e as especificações dos projetos que serão agraciados são pouco claras e não facilitam o controle orçamentário:

“Não apenas a identidade dos efetivos solicitadores, mas também o próprio destino desses recursos acha-se recoberto por um manto de névoas. Isso porque não há efetiva programação orçamentária. As dotações consignam elevadas quantias vinculadas a finalidades genéricas, vagas e ambíguas. Somente no momento empenho, às vésperas da liquidação do pagamento, torna-se possível identificar quem será o beneficiado dos recursos e o objeto das despesas.”

Afeta o princípio da separação de poderes
Segundo a ministra, o orçamento secreto prejudica o princípio da separação de poderes, na medida em que dá ao Congresso poderes excessivos sobre o Orçamento da União.

“Evidencia verdadeiro desvio de finalidade na distribuição dos recursos do Orçamento, a revelar uma estrutura legislativa incompatível com o desenho constitucional da separação dos poderes.”

Ações contra o orçamento secreto
As ações foram apresentados pelos partidos Rede, PSB e Cidadania, de oposição ao governo do presidente Jair Bolsonaro. Alegam que:

o orçamento secreto não tem critérios claros sobre a distribuição das emendas

a identificação dos parlamentares agraciados com a verba ainda fica oculta

a fiscalização da aplicação é pouco transparente

Congresso tenta solução
Para tentar resolver o impasse jurídico sobre o orçamento secreto, Câmara e Senado apresentaram em conjunto uma proposta.

o projeto estabelece percentuais específicos das emendas para as cúpulas do Senado e da Câmara

reserva parte das emendas para o presidente e o relator da Comissão Mista de Orçamento (CMO)

prevê que o restante das emendas será distribuído entre os partidos, de acordo com o tamanho das bancadas

Um ofício foi encaminhado mais cedo nesta quarta ao STF para informar aos ministros sobre a proposta, mas, ao início da sessão, Rosa Weber afirmou que essa informação não prejudica o andamento do julgamento.

Ministro do TSE abre apurações sobre Bolsonaro e aliados por ataques às eleições e suposta concessão ilegal de benefícios

O corregedor-geral eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Benedito Gonçalves, abriu nesta quarta-feira (14) apurações sobre a conduta do presidente Jair Bolsonaro e de aliados ao lançar dúvida sobre o resultado das eleições e ao, supostamente, conceder benefícios de forma ilegal durante a campanha.

As duas ações foram apresentadas ao TSE pela coligação que elegeu Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Na primeira ação, sobre os ataques ao sistema eleitoral, são alvos da investigação:

o presidente Jair Bolsonaro (PL);
o candidato derrotado a vice-presidente e ex-ministro Braga Netto;
o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ);
o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP);
a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP);
a deputada federal Bia Kicis (PL-DF);
o deputado eleito Nikolas Ferreira (PL-MG);
o deputado eleito Gustavo Gayer (PL-GO);
o senador eleito Magno Malta (PL-ES).

A apuração cita suposta prática de uso indevido dos meios de comunicação social e abuso de poder político.

A investigação se refere a condutas antes, durante e depois do processo eleitoral para emitir aos eleitores o sentimento de insegurança e descrença no sistema e, por consequência, atentando contra a existência do próprio Estado Democrático de Direito.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) também apura a conduta de Bolsonaro ao atacar urnas – neste caso, especificamente as declarações dadas em encontro com embaixadores no Palácio da Alvorada, pouco antes do primeiro turno.

Outra apuração
Em outra frente, Bolsonaro e Braga Netto serão investigados também por suposta prática de abuso de poder político e econômico.

Neste caso, a coligação de Lula cita como possíveis medidas irregulares:

a antecipação da transferência do benefício do Auxílio Brasil e do Auxílio Gás;

o aumento do número de famílias beneficiadas pelo Auxílio Brasil;

a antecipação de pagamento de auxílio a caminhoneiros e taxistas;

e o programa de negociação de dívidas com a Caixa Econômica Federal, entre outros.

Segundo o corregedor-geral da Justiça Eleitoral, as duas ações preenchem os requisitos jurídicos para serem admitidas.

“Os fatos narrados se amoldam, em tese, ao uso indevido de meios de comunicação e ao abuso de poder político, especialmente consideradas as balizas fixadas pelo TSE para a apuração desses ilícitos no caso de condutas praticadas por meio da internet”, diz Gonçalves.

Prazo de cinco dias
Segundo o ministro, a coligação de Lula apresentou gráficos, imagens, links de matérias jornalísticas contendo declarações públicas dos investigados e prints de postagens e lives nas redes sociais.

“Em primeira análise, a petição inicial preenche os requisitos de admissibilidade”, escreveu o ministro sobre o ataque ao sistema eleitoral.

Gonçalves deu prazo de cinco dias para que os alvos das ações apresentem defesa ao tribunal.

Senado dos EUA aprova Elizabeth Bagley como nova embaixadora do país em Brasília

O Senado dos Estados Unidos aprovou a nomeação da nova embaixadora do país em Brasília nesta quarta-feira (14). A representante do governo americana no Brasil será Elizabeth Bagley.

O governo dos EUA já havia indicado Bagley em janeiro, mas só agora seu nome foi aprovado pelos senadores americanos.

Em junho, o Comitê de Relações Exteriores do Senado dos EUA rejeitou a candidatura de Bagley —naquela ocasião, o principal motivo da rejeição ao nome dela foi uma frase que ela disse em 1998. Em uma entrevista, ela lamentou que o “lobby judeu” fizesse o Partido Democrata adotar políticas das quais ela discordava, como defender que Jerusalém é a capital de Israel.

Quem é a nova embaixadora
De acordo com a apresentação ao Senado, Bagley tem mais de 20 anos de experiência no Departamento de Estado (o equivalente, nos EUA, o órgão que no Brasil seria o Ministério de Relações Exteriores).

Ela atuou como assistente no acordo de Camp David, que estabeleceu a paz entre Israel e o Egito, foi embaixadora de Portugal durante a gestão de Bill Clinton na presidência dos EUA e também trabalhou como assessora da secretária de Estado Madeleine Albright.

Segundo uma reportagem do “Wall Street Journal”, Bagley também doou dinheiro ao Partido Democrata ao longo da vida.

Ex-apresentador da Record é encontrado morto dentro de casa no RS

O jornalista Voltaire Porto, conhecido por apresentar o Cidade Alerta (Record), morreu aos 47 anos, na noite dessa terça-feira (13). De acordo com a Rádio Guaíba, na qual ele trabalhava atualmente, o corpo do profissional foi encontrado em sua casa em Porto Alegre (RS).

De acordo com o SBT RS, a polícia investiga a possibilidade de suicídio como causa da morte de Voltaire.

Em nota, a Rádio Guaíba lamentou a morte do apresentador do Bom Dia: “Profissional versátil, dono de uma espontaneidade ímpar e detentor do dom da comunicação, o jornalista tinha uma audiência cativa. Os amigos e colegas se solidarizam com a família neste momento de profunda dor.”

Voltaire fez sucesso na Record
Com mais de 20 anos de experiência em áreas da comunicação, Voltaire Porto ficou conhecido por apresentar o programa Cidade Alerta (Record TV) do Rio Grande do Sul.

O jornalista deixa a esposa e três filhos.

França vence Marrocos e fará final contra a Argentina

Uma boa semifinal de Copa do Mundo! A vitória da França por 2 a 0 em cima do Marrocos foi merecida para a equipe que foi melhor em campo. Os franceses abriram o placar com Theo Hernández aos cinco minutos do primeiro tempo, criou outras chances e até acertou a trave de Bono. Mas o Marrocos não deixou por isso, não.

Primeiros africanos a chegarem numa semifinal, os marroquinos foram para cima e também levaram perigo – até chegaram a acertar a trave com uma bicicleta de El Yamiq. No segundo tempo, Marrocos ainda continuou com o ímpeto de ir para cima, principalmente pelo lado forte com Ziyech e Hakimi.

Mas a defesa francesa melhorou depois da entrada da Thuram. Por fim, a França fechou o placar com o gol marcado por Kolo Muani, que estava em campo por 42 segundos. No fim das contas, resultado justo.

A esperança de conquistar uma Copa do Mundo pela primeira vez para o Marrocos acabou nesta quarta-feira. Os jogadores africanos poderiam ser o primeiro país africano a chegar numa decisão do Mundial, mas não resistiram à pressão francesa e à estrela de Kylian Mbappé. Mesmo assim, já fizeram história ao colocar o país numa semifinal de Copa e serão lembrados por muito tempo.